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“Fluxos do Moderno” traz diversidade dos expoentes do Modernismo

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A Casa Roberto Marinho, um centro ativo de referência e pesquisa em modernismo brasileiro, anuncia a exposição “Fluxos do Moderno” em resposta ao centenário da Semana de 22. Com curadoria de Lauro Cavalcanti, diretor do instituto, a coletiva será inaugurada no dia 12 de março, reunindo 43 obras do acervo produzidas entre os anos de 1910 e 1940, no térreo da Casa.

A experimentação e a diversidade de repertórios de alguns dos expoentes do movimento cultural que transformou a linguagem artística do país está expressa nos trabalhos dos 12 nomes apresentados na mostra: Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), Anita Malfatti (1889-1964), Candido Portinari (1903-1962), Di Cavalcanti (1897-1976), Ismael Nery (1900-1934), José Pancetti (1902-1958), Lasar Segall (1889-1957), Milton Dacosta (1915-1988), Roberto Rodrigues (1906-1929), Tarsila do Amaral (1886-1973), Victor Brecheret (1894-1955) e Vittorio Gobbis (1894-1968).

A exposição abre com expressões que remontam aos primórdios do movimento, como caricaturas e ilustrações que se apresentam como um caminho propício à instalação do moderno. Em seguida, o visitante encontra os gigantes Candido Portinari e Di Cavalcanti, que se afirmam nos anos 30 e 40 em defesa de uma cor genuinamente brasileira; e Guignard, outra voz importante da corrente modernista. As reflexões metafísicas de Ismael Nery, um dos artistas mais presentes na Coleção Roberto Marinho, também integram a coletiva.

Aliás, pinturas de Anita Malfatti, Milton Dacosta e Di Cavalcanti são exibidas pela primeira vez na Casa, desde a inauguração como instituto cultural em abril de 2018, certamente, são um convite aos frequentadores mais assíduos do espaço no Cosme Velho. Além disso, a exposição reúne outras obras pouco vistas pelo público, como as seis pinturas do artista pernambucano Roberto Rodrigues, irmão do escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues.

Três esculturas de Brecheret, a célebre tela “O touro (Paisagem com touro)”, c. 1925, de Tarsila do Amaral, e pinturas de Pancetti e Vittorio Gobbis compõem a seleção. Todos os trabalhos estão dentro do arco das três décadas que pautam a curadoria.

Segundo Cavalcanti, “mostras e estudos em várias instituições brasileiras enaltecem e relativizam a importância da Semana de Arte Moderna, apontando a desatenção aos movimentos de outras regiões e ou levantando questões que, talvez, reflitam não mais que a transposição de pautas contemporâneas a um outro tempo”.

De acordo com o curador, a Semana de 22 certamente não é o marco inaugural do moderno, mas é indiscutível a relevância e simbolismo daqueles dias de fevereiro no Teatro Municipal de São Paulo:

“Compreensível, mas demasiado simplificador, escolher uma data precisa para o seu despertar. O movimento foi tomando corpo na arte brasileira em lentas e sucessivas rupturas, ao longo de décadas, por meio de artistas imigrantes e de brasileiros que foram estudar na Europa. E adquiriu um caráter próprio através de metabolizações que tornaram singular o seu sotaque. Pertencem a esse fluxo contínuo as obras do acervo agora exibidas na Casa Roberto Marinho, um lugar voltado ao modernismo brasileiro”, conclui o curador.

A mostra “Fluxos do Moderno” permanece até 26 junho, com agendamento on-line através do site do instituto.

SERVIÇO:
“Fluxos do Moderno”
Abertura: 12 de março de 2022
Encerramento: 26 de junho de 2022
Casa Roberto Marinho (Rua Cosme Velho, 1105)

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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