“O Negócio” é muito mais do que uma série sobre o sexo e a cidade.

A série “O Negócio”, produção nacional da HBO, de 2013, traça a saga da uma garota de programa que decide assumir sua própria carreira, sem cafetões. Protagonizada por Rafaela Mandelli, “O Negócio”, certamente, revolucionou o mercado audiovisual brasileiro por abordar abertamente o mercado do sexo. Porém a série vai muito mais longe que isso, ao misturar conceitos de marketing e negócios.

Com um roteiro vigoroso, a série criada por Luca Paiva Mello e Rodrigo Castilho, e escrita por Fabio Danesi, Camila Raffanti e Alexandre Soares Silva, conta com um elenco diverso, além obviamente, das belas protagonistas, Juliana Schalch, Michelle Batista e a grande mulher de negócios, interpretada por Rafaela Mandelli, em incrível atuação.

A produção, com quatro temporadas, é narrada por Luna (Juliana Schalch), a mais quietinha do trio, se assim posso dizer. Cabe a ela, determinar o eixo dramático, o que, aliás, não funciona muito bem.

Vivendo a própria sombra e se escondendo de suas famílias por conta da sua verdadeira profissão, as personagens precisam reavaliar seus valores. Porém na quarta temporada, elas são obrigadas a revelar o que fazem da vida, de fato, por conta do livro que Karin escreveu contando sua vida.

Cheio de referencias culturais, desde citações inteligentíssimas da literatura mundial à filosofia, misturado a trama, “O Negócio” é muito mais do que uma série sobre o sexo e a cidade, no caso São Paulo.

Ao criar a agência Oceano Azul, “O Negócio” assume um case de sucesso, como se diz no mercado publicitário. A prostituição de luxo é aplicada as regras do marketing pelo prisma empresarial, o inusitado plot é, surpreendentemente, original. Acredite se quiser! Mesmo  parecendo um Telecurso 2000 de Marketing, as vezes.

A série em nenhum momento deixa de abordar o psicológico das personagens, mas é na  quarta e última temporada, que isso se intensifica, criando uma trama mais sensacional, colocando a prova a sociedade de maneira geral.