Rabino Henry Sobel tem biografia escrita pelo jornalista e sociólogo Jayme Brener

O rabino Henry Sobel, um dos mais importantes representantes da comunidade judaica brasileira, que faleceu em 2019, ganha biografia escrita pelo jornalista e sociólogo Jayme Brener.

O livro traz revelações inéditas sobre a vida e o trabalho do rabino, que nasceu em Portugal e foi criado nos Estados Unidos. Henry Sobel destacou-se como símbolo da sociedade civil brasileira por sua dedicação à defesa dos direitos humanos, do diálogo inter-religioso e da consolidação da democracia no país.

Entre as informações de primeira mão apresentadas no livro estão os bastidores do relacionamento de Sobel com todos os presidentes da República ao longo de sua permanência no Brasil, de João Baptista Figueiredo a Jair Bolsonaro, passando por Lula e FHC. E, também, seu affair de juventude com uma das mais famosas estrelas de Hollywood.

Além da narrativa, o livro traz também depoimentos de dezenas de pessoas que conviveram com o rabino, narrando causos dramáticos, tocados, engraçados e mesmo negativos dessa convivência. Entre os autores desses casos estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os ex-chanceleres Celso Lafer e Celso Amorim, o jornalista Juca Kfouri e Ivo Herzog, filho de Vladimir Herzog.

“Fui próximo do rabino Sobel por 30 anos. A ideia da biografia nasceu no dia 23 de novembro de 2019, um dia depois de sua morte, em uma conversa com a filha, Alisha. Foram, então, dois anos e meio de trabalho”, diz Brener.

O livro, contemplado pela Lei Rouanet, faz parte do Projeto “Henry Sobel — História e Memória”, que inclui ainda um audiobook com várias pessoas narrando episódios que viveram com ele. Além de um documentário de curta metragem, que deverá ser lançado em 2022. Além disso, o projeto também doou o arquivo do rabino ao Museu Judaico de São Paulo.

“Henry Sobel — o rabino do Brasil” será lançado neste sábado, 26 de março, às 17hs, na Associação Scholem Aleichem (R. São Clemente, 155, Botafogo). Aliás, o lançamento do livro  contará com um debate com a presença do autor e da historiadora Beatriz Kushnir, doutora em História Social do Trabalho.