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A poeta Maria Rezende comemora 20 anos de carreira

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 Maria RezendeAo se aprofundar no movimento feminista, a poeta e performer Maria Rezende sentiu a urgência de criar um espetáculo que, com profundidade e humor, mostrasse as forças e fragilidades da mulher contemporânea. Assim nasceu “Mulher Multidão”, em que temas como autoamor, relacionamento abusivo, estupro e a relação com o próprio corpo são levados à cena em poemas autorais dos quatro livros da artista e obras de poetas novas e consagradas.

Ao idealizar “Mulher Multidão”, Maria Rezende, se cercou de referências. Além dos movimentos feministas contemporâneos e em notícias de jornal, a poeta se inspirou em livros como “The Beauty Myth”, de Naomi Wolf; “Mulheres que correm com lobos”, de Clarissa Pinkola Estés; “Os homens explicam tudo para mim”, de Rebecca Solnit; “Teoria King Kong”, de Virginie Despentes, e na poesia de Adélia Prado, Elisa Lucinda, Viviane Mosé, Mel Duarte, Marina Colasanti, entre outras artistas.

“Quero jogar luz sobre a constante pressão sofrida pelas mulheres, os ideais inatingíveis de beleza, a exigência da perfeição do corpo e da juventude, a inequidade salarial, a transformação do desejo de “poder ser tudo” na obrigação de “ter que ser tudo”, a violência física, sexual, moral, e também a força do feminino e a delicadeza dos afetos”, enumera Maria.

O projeto começou a ser idealizado após o encontro com a cantora espanhola Amparo Sanchéz, com quem criou a performance poética musical ‘Hermanas’, desdobrada em disco e livro no ano passado. A potência do trabalho, cujo fio condutor era a força feminina, motivou Maria a aprofundar seu mergulho artístico no tema.

“Depois que a Amparo foi embora, fiquei órfã. Queria continuar a falar sobre as questões feministas e não poderia depender da presença dela porque, afinal, moramos muito longe. Então, resolvi criar um novo espetáculo, com outra seleção de poemas e conversas com a plateia entre as obras”, explica.

“Eu descobri, há relativamente pouco tempo, que sou feminista. Eu achava que fosse um assunto resolvido, uma luta já ganha, porque a gente vota, faz sexo antes do casamento, se divorcia etc. Aí, comecei a ir a atos feministas e me identifiquei completamente. Eu acredito nessas batalhas porque, no final das contas, não chegamos onde queremos e ainda querem tirar direitos nossos. Tem muita batalha pela frente!”, conclui.

“Mulher Multidão” é um verso do poema “Pulso aberto”, escrito por Maria Rezende e dedicado ao uruguaio Eduardo Galeano, em que a poeta diz “Somos as que evitam o desastre / as que inventam a vida as que adiam o fim/ mulher, multidão”.

Serviço:
Mulher Multidão – um espetáculo de Maria Rezende
Clube Manouche (Jardim Botânico , 983, Jardim Botânico)
Dia e horário: dia 27 de abril às 20:30h, abertura às 19:30
Ingressos pelo site
Lotação: 100 pessoas
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Ingressos:
Obs: Os ingressos são vendidos apenas pelo site de venda de ingressos ou na bilheteria, na hora do espetáculo, caso ainda haja ingressos.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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