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Funarte lança livro “Panorama da ópera no Brasil”

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Panorama da ópera no BrasilA Funarte lança o livro “Panorama da ópera no Brasil” , com o intuito de contar a história da difusão desse gênero no Brasil, desde seus primórdios na era colonial até o século XX. Reunindo cerca de 100 imagens (entre fotografias, pinturas e gravuras), a publicação aborda desde as primeiras encenações públicas nas ruas das cidades até os anos 2000.

Com linguagem acessível, voltada para o público não especializado, o livro “Panorama da ópera no Brasil” traz texto e pesquisa do jornalista Cláudio Figueiredo e organização, pesquisa e seleção de imagens da pesquisadora Nubia Melhem Santos. O prefácio é do historiador Paulo Knauss.

  Ao traçar esse panorama, mostrando como o Brasil absorveu e transformou uma forma de arte eminentemente europeia, a publicação desvenda qual público assistia às óperas, quem as interpretava, como eram os teatros onde havia as apresentações e quais a função e o papel simbólico dessas casas de espetáculo nas cidades brasileiras.

O leitor, certamente, vai se deleitar ao descobrir o que significava ir ao teatro para assistir a uma ópera no Brasil do século XVIII e do século XIX e o que mudou nos hábitos e nas expectativas das plateias ao longo dos séculos.

O livro traz diversas curiosidades, não se atendo somente aos personagens do mundo do teatro e da música como Antônio José da Silva (o Judeu), o padre José Maurício, a cantora negra Joaquina Lapinha e os compositores Carlos Gomes e Villa-Lobos. Também apresenta nomes como os do inconfidente Cláudio Manuel da Costa, do pintor Debret, do poeta Gonçalves Dias, além de Pedro II e Machado de Assis.

Entre as imagens, há desde as de personalidades relacionadas à opera, monumentos históricos até as de projetos de cenários e cortinas (panos de boca), como o do Real Theatro de São João (atual Teatro João Caetano, no Centro do Rio de Janeiro), pintado pelo artista francês Jean-Baptiste Debret.

Aliás, intencionalmente, os autores escolheram abordar mais a interação desse gênero com outros aspectos da vida brasileira, como arquitetura, urbanismo, costumes, crítica, teatro, jornalismo e política, do que o aspecto musicológico. Desse modo, a obra, surpreendentemente, atenta para aspectos menos conhecidos da história, como a presença marcante dos afrodescendentes brasileiros no mundo musical do Brasil Colônia; a atração de personagens como D. João VI, Pedro I e a princesa Leopoldina pelo universo da ópera; e as disputas apaixonadas entre torcidas em torno de cantoras líricas rivais nos teatros do Brasil do século XIX — um conflito em que divergências musicais se confundiam com rixas políticas.

Além disso, “Panorama da ópera no Brasil” descortina, ainda, os corais de canto lírico em vilarejos da Amazônia no século XVIII; o ambiente da ópera e da música de Rossini como palco e pano de fundo da efervescência política às vésperas da Independência; a irreverência do humor brasileiro que parodia e subverte as operetas do compositor e violoncelista Jacques Offenbach (precursor do teatro musical moderno) no Rio de Janeiro do século XIX; a estridência das críticas publicadas por romancistas e dramaturgos como José de Alencar e Martins Pena; as primeiras tentativas de criação de uma ópera nacional e o sucesso de Carlos Gomes na Europa; e o luxo e a pompa dos teatros erguidos na Amazônia da belle époque.

 

 

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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