Adão Negro mistura mitologia egípcia com os arquétipos de Shakespeare

O anti-herói Adão Negro, enfim, chega as telonas com direito as caras e bocas de Dwayne Johnson, que, aliás, incorpora muito bem o personagem. O personagem criado por Bill Parker e C.C. Beck. Beau Flynn foi um dos primeiros a receber os poderes do Mago Shazam, no Antigo Egito.

Diferente de Billy Batson, que evoca os deuses gregos Salomão (sabedoria), Hércules (força física sobre-humana), Atlas (resistência e invulnerabilidade), Zeus (magia elétrica), Aquiles (coragem) e Mercúrio (velocidade e capacidade de voo), Teth Adam traz para si as habilidades de Shu (resistência e vigor), Hórus (velocidade e capacidade de voo), Amon (superforça), Zehuti (sabedoria), Aton (poder) e Mehen (coragem).

Carregado de expectativas, Adão Negro pode ser considerado o melhor da DC Comics até o momento, no que se trata dos Efeitos Visuais. Porém o roteiro faz uma miscelânea com os  personagens da Sociedade da Justiça, sem apresenta-los corretamente. Afinal, todos merecem uma boa introdução, não é. Além disso, a fúria de Adão Negro e o senso de justiça de Gavião Negro, mas parecem se enquadrar nos arquétipos dos personagens de Shakespeare. Dissimulado e vingativo, Adão Negro assume o papel de vilão e anti-herói, em um roteiro fraquíssimo sobre o Bem e Mal. Haja referencias as obras de Shakespeare, hein!

O galã Netflix, Noah Centineo ganha seu primeiro grande destaque na carreira em um filme de super herói no papel de Esmaga Átomo, é a DC Comics tentando novos rostinhos bonitos para conquistar novos públicos. Cabe a Sarah Shahi o grande destaque pela a exuberância e carisma de Adrianna. Essa sim, tem talento! Por fim, vale destacar a presença ilustre de Pierce Brosnan como Senhor Destino, o ator parece ter se encontrado com filmes de ação em geral. Aliás, no que diz respeito ao futuro da DC, a cena pós crédito definirá seu destino!

Mesmo com a dinâmica direção de Jaume Collet-Serra e Efeitos Visuais espetaculosos (com direito a crises de labirintite), Adão Negro peca em não trazer um roteiro do tamanho de Dwayne “The Rock” Johnson, afinal grandes personagens merecem narrativas imponentes.