Uma comedia romântica para ninguém botar defeito.

Sabe a velha formula de se fazer comedias românticas, então, ela, enfim, ganhou protagonistas gays. Sim, Mais que Amigos é a primeira comédia romântica de um grande estúdio cinematográfico, demorou, né? O longa é uma comédia inteligente, envolvente e sincera sobre como é difícil encontrar outro ser humano minimamente tolerável para o resto da vida.

Mais que Amigos conta a história de dois homens gays que talvez, encontrem por acaso o amor. Isso se eles se permitirem se relacionar de verdade. Billy Eichner, Nicholas Stoller e Judd Apatow  criaram um filme cômico sobre a fragilidade de se achar o amor nos dias de hoje. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Além disso, o filme evoca conscientemente as comédias românticas clássicas com direito a referências aos filmes com Meg Ryan como Mensagem para Você e Harry e Sally. 

Aos 40 anos, Bobby passou a maior parte de sua vida sozinho e se convenceu de que está melhor assim. “Estamos com tesão e somos egoístas e somos estúpidos. Eu não confio nessas pessoas”, ele diz a um grupo de amigos ao explicar por que ele prefere conexões a qualquer coisa a longo prazo.

Obviamente, só quem faz parte da comunidade LGBTQ+ vai entender algumas piadas. Mas nada que afete essa experiencia amorosa nos cinemas. É tão bom poder assistir filmes LGBTQ+ com finais felizes, em vez daquele drama todo e q sempre acaba em tragedia.

Aliás, esta é a luz orientadora do longa, mostrar os gays como bagunçados, mostrar a comunidade queer como mais do que um monólito, fazer com que eles sejam tão barulhentos e orgulhosos e ocupem o máximo de espaço sendo autênticos possível.

 Estrelado por Billy Eichner, o primeiro homem declaradamente gay a co-escrever e estrelar seu próprio grande filme de estúdio, Mais que Amigos conta com um elenco  totalmente LGBTQIA+.

É representatividade que vocês querem? então, toma! Certamente, a comedia romântica ganha novos ares, com gostinho de quero mais. Por mais filmes, assim!