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Levante Ballroom reativa espaços de acolhimento social e cultural LGBTQIA+

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Com o objetivo de fortalecer o público negro, periférico e LGBTQIA+ da comunidade ‘Ballroom’ no Estado, acontece no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, o projeto ‘Levante Ballroom’. Com uma programação que une apresentações de dança, workshops de dança, palestras e oficinas, além de fomentar práticas artísticas dos grupos marginalizados pela sociedade, o encontro ressalta a importância do respeito às diferenças. As atividades são gratuitas.

Por representatividade, o ‘Levante Ballroom’ reivindica a urgência do protagonismo cultural e do inventário popular de pessoas trans e negras ao reativar espaços de acolhimento social e cultural LGBTQIA+.

“O projeto surge da vivência dessas pessoas na comunidade, além da nossa vivência social mesmo, entendendo que precisávamos criar estratégias de sobrevivência não só para a gente em si, mas para todas nós. É criar oportunidades de trabalho, remuneração e sobrevivência para que a gente possa continuar as nossas histórias, contando as nossas realidades”, explica Mário Netto, responsável pela produção do projeto e conhecido na comunidade ballroom como ‘Germanetto Mamba Negra’.

Por meio de atividades educativas de formação baseadas nas práticas da comunidade ‘Ballroom’ como o Vogue – movimento criado por pessoas trans negras e latinas em Nova Iorque para se opor ao racismo e transfobia dos concursos promovidos para a população LGBTQIA+ nos anos 70 – o projeto promove um ambiente que exalta narrativas e estéticas de grupos discriminados.

Mesas redondas e um baile com performances que celebram a diversidade racial, sexual e de gênero também fazem parte da programação. “Isso não se encerra em nós e não começa em nós também. A gente é um pedaço de algo, então queremos impulsionar a nossa comunidade [ballroom] para que seja possível continuar fazendo o que a gente já faz”, destacou Mário sobre o projeto.

Elaborado para pessoas pretas, periféricas e LGBTQIA+, que são a gênese desta comunidade, o evento possibilita a criação de imaginários sociais sobre a realidade e a história dessas pessoas, criando condições e oferecendo um espaço onde todos ali possam se reconhecer. “Um espaço de possibilidades e realizações. Importante para refletir o que nós somos e o que nós fazemos”, frisou.

Para Mário, o ‘Levante Ballroom’ é uma continuidade do legado construído por muitas pessoas. “Este movimento é para que a gente possa trazer outras pessoas, continuar produzindo e dar as condições, ainda que mínimas, para que a gente faça com alguma dignidade, o que a gente já faz muitas vezes na guerrilha sem apoio e de maneira independente. Que possamos sonhar, realizar e materializar algumas coisas para nós, para as nossas e para todas as pessoas que arduamente ajudam a construir esta comunidade”, conclui.

No sábado (26), o encerramento será realizado em parceria com a Semana de Arte Favelada, no Centro de Artes da Maré, com o ‘Baile do Levante’, uma celebração que retoma a história da comunidade ballroom no Rio e que presta homenagem aos bailes históricos desenvolvidos no estado nos últimos seis anos, além de reverenciar os esforços das pessoas de gerações passadas que colaboraram para o fortalecimento da comunidade. O fechamento terá a apresentação de batalhas de performances com premiações em dinheiro para cada categoria.

SERVIÇO:
Levante Ballroom
Local: Centro Coreográfico do Rio de Janeiro (R. José Higino, 115 – Tijuca)
data: 23/11 e 25/11 a partir de 14h30
Ingresso: Gratuito
Baile do Levante – SAF
Local: Centro de Artes da Maré (Rua Bittencourt Sampaio, 181, Maré)
Ingresso: Gratuito

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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