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Instituto de Arte Contemporânea – IAC realiza exposição histórica de Carmela Gross

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O primeiro carimbo de Carmela Gross foi um desenho de um murro sobre a mesa, no IV Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, em Brasília, no ano de 1968. Em 1978, Carmela apresentou no Gabinete de Artes Gráficas, em São Paulo, outros Carimbos, um conjunto de 80 trabalhos, feitos de carimbadas repetidas e organizadas sistematicamente sobre o papel, distribuídos por todo o espaço da galeria. Esses anos de estudo plástico e conceitual resultaram em um grande arquivo com mais de 300 documentos, que agora é apresentado no Instituto de Arte Contemporânea – IAC.

Carimbos trata do desenho decomposto em linhas, manchas, pinceladas e rabiscos. Ao longo do processo de pesquisa da artista, a repetição sugere uma busca pela síntese do desenho, pela racionalidade do gesto expressivo.

Os materiais apresentados na exposição do IAC compõem uma linguagem plástica experimental e mostram como foi pensada e executada a ideia da artista: começa com um estudo da paisagem por meio de fotos e desdobra-se em vários conjuntos de desenhos, desde um pequeno pedaço de papel rabiscado até sua finalização. A exposição também traz alguns exemplares da série original, de 1978.

O ato de carimbar, o desenho esmurrado sobre uma folha de papel, também diz sobre seu tempo. Realizada durante a ditadura militar no Brasil, Carimbos remete simbolicamente à operação burocrática do aparato estatal na vida brasileira dos anos 1970. A coleção formada pelos carimbos, estudos, materiais gráficos e documentos, será doada ao IAC e em breve, estará disponível para pesquisa.

Carimbos tem a curadoria de Ricardo Resende e foi viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal, com o patrocínio de J.P. Morgan. O educativo do IAC tem o apoio do Instituto Galo da Manhã.

Sobre a artista

Carmela Gross (São Paulo, 1946) tem realizado trabalhos em grande escala que se inserem no espaço urbano e assinalam um olhar crítico sobre a arquitetura e a história urbana. O eixo comum, para além da diversidade dos contextos e das propostas elaboradas em cada caso, é o conceito básico de trabalhar-na-cidade. O conjunto de operações, que envolvem desde a concepção do trabalho, passando pelo processo de produção, até a disposição no lugar de exibição, enfatiza a relação dialética entre a obra e o espaço, entre a obra e o público/transeunte. Os trabalhos procuram engendrar novas percepções artísticas que afirmam uma ação e um pensamento críticos e que trazem à tona a carga semântica do lugar, seja ele um espaço público, uma instituição ou o momento de uma exposição. https://carmelagross.com/cv

 Serviço
Visitação: 6 de fevereiro a 6 de maio de 2023
terça a sexta-feira, das 11h às 17h / sábado das 11h às 16h
Local: Instituto de Arte Contemporânea  
entrada gratuita

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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