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“Cama de Gato” aborda dramas enfrentados pela comunidade LGBT+

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A peça “Cama de gato”, escrita por Max Mendes e dirigida por Marcio Vieira, aborda temas inquietantes e abre espaço para um debate mais amplo sobre transfobia. Peça conta uma história de amor, que fala de aceitação, acolhimento, visibilidade e distorção de valores.

"Cama de Gato"
Foto: Ricardo Rangel

O espetáculo esteve em cartaz em 2017, no Rio de janeiro, em duas temporadas, na Sala Municipal Baden Powell, em Copacabana e no Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes. Agora, apoiado no Fomento de Cultura Carioca (FOCA 2022), fará uma breve circulação, com apresentações gratuitas, por bairros da cidade.

A exemplo da brincadeira feita com barbantes, “Cama de gato”, tece uma trama que envolve três amigos, garotos de programa, que moram num condomínio em Copacabana. Com a chegada de uma misteriosa trans, hostilidade e discriminação se tornam evidentes, mesmo sendo eles gays, revelando a vulnerabilidade de pessoas transexuais e travestis dentro da comunidade LGBTQIAPN+.

“O machismo é pesado. É ele que pesa na nossa sociedade patriarcal. Mostrar a um público diverso que a ‘cultura do macho’ também está presente na comunidade LGBTQIA+ escancara o quanto esse horror a tudo que se aproxima do feminino é nocivo. Quando um gay que conserva padrões hetero normativos demonstra repulsa a um gay afeminado, o machismo é a raiz dessa ambiguidade. Quando pessoas trans são discriminadas dentro da comunidade que deveria abraçá-las, o machismo está presente. E o machismo é um mal que deve ser discutido, refletido e calado por todes. Se toda população abrir os olhos para os padrões patriarcais que estão impregnados na nossa maneira de pensar, agir e viver, construiremos uma sociedade igualitária, na qual ‘o macho’ não será mais o centro de tudo. A diferença será respeitada, inclusive entre seus iguais”, pontua Max.

Para o diretor Márcio Vieira, trazer esse assunto à tona é fundamental. “A principal proposta de “Cama de Gato” seria desmistificar através da arte esse conceito tão negativo, às vezes, marginalizado de um tema ainda pouco falado e, até mesmo, entendido por muitos”.

Quem interpreta a trans Lois Lane é a atriz Ava Simões, Miss Trans Star Internacional 2019, Miss Brasil Gay 2009 e cirurgiã dentista, que já fez participações em programas de TV, como “Amor e sexo” e da novela “Toma lá, dá cá”, da Rede Globo de Televisão. No Cinema, participou do curta-metragem “Meu preço”, de Fabrício Santiago, dirigido por Hsu Chien. Sua história já foi contada no documentário “Minha Vida – Ava Simões”, dirigido por Marcone Felix.

O espetáculo será apresentado em quatro arenas cariocas por bairros do subúrbio do Rio de Janeiro. “O caminho comum das produções teatrais no Rio de Janeiro é começar pela Zona Sul/Centro da cidade e depois fazer um pouco de “democratização de acesso” nas demais regiões. Nós também começamos assim. Em 2017, foi esse o nosso percurso. Mas entendemos que a sociedade é a cultura. Portanto estão juntos em todos os lugares. Por isso a decisão de circular com o espetáculo CAMA DE GATO por todo o Rio de janeiro”, ressalta Max.

Serviço
14/4, às 19:00 – Arena Carioca Jovelina Pérola Negra
19/4, às 19:30 – Areninha Carioca Gilberto Gil
21/4, às 17:30 e às 19:30- Arena Carioca Fernando Torres – Madureira
09/5, às 20:00 – Areninha Carioca Renato Russo

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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