Livro debate eventos históricos que transformaram o Brasil República

A história do Brasil que conhecemos possui diversos capítulos. Alguns dos mais conhecidos, a Semana de Arte Moderna e a Independência, marcaram de forma fundamental os rumos da nossa história, porém, não foram os únicos a delinear o caminho pelo qual nossa sociedade caminhou. Em “Independências e modernismos: outras modernidades no Brasil Republicano”, livro recém lançado pela editora Telha, diversos expoentes em áreas como pesquisa, antropologia, sociologia, artes, cultura e literatura mostram a contribuição de eventos “menores” da nossa história (ou mesmo efeitos advindos dos citados anteriormente) que contribuíram para nosso desenvolvimento nas áreas artísticas, humanas e do conhecimento humano.

Encabeçada e organizada pelas historiadoras Andréa Casa Nova Maia e Luciana Pessanha Fagundes, a obra traz reflexões de temas que abordam histórias das artes plásticas, literatura, música, cinema, teatro e culturas políticas.

““Com astúcia, as organizadoras, Andréa Casa Nova e Luciana Fagundes, valem-se da efeméride não apenas para ser mais um livro promovido pelo interesse da opinião pública, no calor do momento e às expensas da pauta midiática. Divisa-se nesse trabalho a contribuição duradoura e a fonte profícua de um conhecimento coletivamente construído por duas dezenas de pesquisadores, em sua maioria pertencentes à área de História, mas também vinculados à Antropologia, às Belas-Artes, às Letras e à Sociologia.” – Bernardo Buarque de Hollanda, da Apresentação

“Independências e modernismos: outras modernidades no Brasil Republicano” reúne 20 textos, contando com a apresentação escrita por Bernardo Buarque de Hollanda, profissional que dispensa apresentações acerca de sua contribuição com a cultura, construção social e cultural do nosso país (adotado pro ele que, filho de brasileiros, nasceu durante o exílio de seus pais na Costa Rica em 1974). Aqui, antropólogos, escritores, historiadores, professores, pesquisadores, poetas, psicólogos e tantos outros dividem suas visões de mundo e sobre os acontecimentos que moldaram nossa história enquanto país.

A chegada do livro, idealizado para 2022, mas com lançamento ocorrido somente no ano seguinte, funcionou quase como um prêmio para as perspectivas políticas que nosso país teve no fim do ano passado. A necessidade de se escrever duras e tristes páginas na nossa história, mas, como sempre, tendo os olhos, a esperança e o pensamento no que iremos construir de legado para as próximas gerações.