O Chamado 4: Samara Ressurge uma jogada de Marketing com tiro no pé

No início dos anos 2000 a franquia O Chamado foi uma das mais marcantes, e deixou na memória a maldição de Samara na mente de vários fãs. Contudo, apesar do nome traduzido para o Brasil, O Chamado 4: Samara Ressurge não tem absolutamente nada a ver com a franquia norte-americana. Na verdade, o título original do filme é Sadako DX, de 2022, que faz parte da franquia japonesa Sadako, que inspirou O Chamado. Aqui temos o retorno da Maldição de Sadako e sua fita, que ao invés de matar em 7 dias, mata em 24 horas.

Em primeiro lugar, temos que deixar bem claro que esse título é uma jogada de Marketing da produtora para fisgar os fãs da franquia norte-americana, aliás, a ideia é, certamente, tola, quem cairia em um truque barato desses? Até porque o trailer deixa mais do que claro que o filme é japonês. Dentro da cronologia da franquia de Sadako, este longa é colocado como um episódio fechado, sem relação com o resto. Outra diferença importante entre as franquias, é que Sadako é considerado um terror cômico, que é feito mais para rir do que para assustar.

O roteiro de Yuya Takahashi traz um a questão da modernização como fator de impulso para tornar a maldição ainda mais poderosa, o que de fato faz sentido, já que a maldição se passa através de um vídeo, além do fato de diminuir o tempo para Sadako matar alguém. Todavia nada funciona, o filme falha em absolutamente tudo que tenta. Não consegue assustar, muito menos fazer rir. O diretor Hisashi Kimura consegue criar boas ambientações, mas não consegue gerar o momento de susto. Não à toa os faz de Sadako consideram esse um dos filmes mais fracos da franquia. O elenco é regular em sua atuação, a que mais se destaca é a protagonista Ayaka (Fuka Koshiba), com uma atuação que consegue gerar simpatia pela personagem.

O Chamado 4 ou Sadako DX caiu nas mãos de um jogo de Marketing desleal, que ilude  os fãs de ambas as franquias, além disso, o filme falha em tudo que se propõe.