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“Heartstopper”: Segunda temporada mantém a leve e alegria mantendo a maturidade

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Mesmo com temas pesados, série não perde a leveza que pauta toda série.

Séries adolescentes têm seguido uma fórmula clara, normalmente são recheadas de triângulos amorosos e tensão sexual, essa sempre foi o maior diferencial de “Heartstopper”. Na primeira temporada acompanhamos o descobrimento de Nick (Kit Connor) como bissexual, e o romance entre ele e Charlie (Joe Locke). Em paralelo, os pequenos arcos foram plantando sementes de carinho no público, como Elle e Tao (Yasmin Finney e William Gao).

"Heartstopper" Agora na segunda temporada temos o desenvolvimento dessas sementes, e também o processo de Nick e Charlie ao assumirem publicamente que são namorados.

Existem muitas produções com conteúdo LGBTQIA+, normalmente, elas são trágicas, pois realmente a história da comunidade é pautada por preconceito e perseguição. Mas é necessário entender que a comunidade LGBTQIA+ tem direito também a serem representados em histórias felizes, em romances leves e coloridos como vários que tem por aí.

A Drag Queen, ganhadora do “Rupaul ‘s Drag Race: All Stars”, Trixie Mattel conta que não é difícil ser gay, os héteros que fazem parecer ser difícil. Seguindo essa premissa, a segunda temporada de “Heartstopper” faz questão de dizer que não tem problema nenhum ser gay, ou bissexual, ou transexual, ou o que a pessoa quiser ser.

Na nova temporada, temos a química linda entre Kit e Joe como um casal, tanto a direção de Euros Lyn quanto o roteiro de Alice Oseman decidem criar um romance que foca muito mais no carinho fraternal, na parceria em pequenos atos do que beijos longos e molhados. E que não eclipsam os outros casais já estabelecidos, e os que estão se formando no seu devido tempo.

O roteiro avança nas relações homoafetivas para além da adolescência, sempre com muito tato. Ainda que Nick tenha se descobrindo como bissexual, o processo de assumir em público, “sair do armário” é outro processo totalmente diferente. Além disso, também começa a tratar melhor outras relações familiares, como a situação difícil de Darcy (Kizzy Edgell) com sua mãe, que não aceita seu relacionamento lésbico. Outro ponto de desenvolvimento está na questão do transtorno alimentar de Charlie, já conhecido por todos que leram os quadrinhos.

Ainda que estes sejam temas pesados, a série consegue passar a seriedade desses temas sem perder a leveza que pauta toda série. O que começou como uma série sobre dois meninos se apaixonando, se revela como uma produção que tem como objetivo tratar de vários temas que giram ao redor da adolescência. Existe uma sensação constante de “está tudo bem” quando se assiste Heartstopper. Tudo bem ser ser gay ou bissexual, tudo bem não estar pronto pra se assumir publicamente rapidamente, tudo bem assumir não estar bem emocionalmente. Esse “tudo bem” é o que transforma essa série num abraço quentinho. Um abraço que a comunidade LGBTQIA+ precisa.

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