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Izabel de Barros Stewart estreia como dramaturga e atriz

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A cana de açúcar foi uma das principais commodities do Brasil, enchendo os cofres da Coroa Portuguesa, entre 1530 e 1700. Vários séculos depois, a cana de açúcar ainda é um forte pilar para o agronegócio brasileiro. Ela injeta aproximadamente R$ 60 bilhões na economia, segundo dados da União das Indústrias de Cana de Açúcar (Única). Baseado nesses fatos, a bailarina Izabel de Barros Stewart traz suas visões do mundo contemporâneo no Solo da cana, em temporada no Espaço Abu.

A voz central do espetáculo é, certamente, a da cana de açúcar. Poderia ser a da soja ou a do milho, mas a escolha revelou-se mais que acertada; assertiva. O vegetal foi e ainda é uma das principais commodities do país. Bailarina com longos anos dedicados à dança, ela começou a colocar no papel seus questionamentos sobre uma sociedade que vem se deteriorando e parece que nada aprendeu com a pandemia. As palavras foram levadas ao coreógrafo e diretor João Saldanha, a quem Izabel tem parte de sua trajetória ligada.

Os dois começaram uma investigação que culmina agora no primeiro espetáculo de Izabel como atriz e dramaturga. A eles junta-se o músico Antonio Saraiva, que acrescenta à cena climas e intervenções sonoras, o figurinista Mauro Leite e as produtoras Ana Paula Abreu e Renata Blasi, da Diálogo da Arte Produções.

Izabel de Barros StewartOutras palavras nasceram, e o corpo e a voz da artista foram ganhando novas matizes. Da bailarina surge a dramaturga e, a partir desta a atriz – ou performer, como queiram. “Eu to aqui pelo que me encandeia a pele”, diz ela num trecho do solo. E desse encantamento nascem outras vozes entre humanas, animais e poéticas.

Todas elas refletem (também no sentido de espelhar) a forma como vivemos pautados por valores impostos por segmentos como o mercado financeiro, a economia, os avanços tecnológicos, a urgência e a superficialidade das relações humanas. Sim, pois Izabel acaba por falar também de relações, que precisam ser transformadas, e de afeto, a partir do qual elas se estabelecem.

O palco está praticamente vazio. Em cena, um pequeno banco, levado pela atriz pelo espaço cênico, e uma garrafa. A união entre texto, direção e demais colaborações ocupa o todo com forte carga imagética. Izabel de Barros Stewart não está sozinha em cena. Não mesmo.

Serviço:
Temporada: de 06 a 29 de outubro, de sexta a domingo
Horário: 20h
Onde: Espaço Abu (Av. Nossa Senhora de Copacabana, 249, loja E Rio de Janeiro. Tels: 2137-4183 ou 84)
Vendas de ingresso na bilheteria ou pelo sympla (www.sympla.com.br)
Classificação indicativa: 10 anos

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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