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Zilá Lima lança o álbum no Instituto Pretos Novos

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Zilá Lima lança o álbum “Cantando Memórias”, no Instituto Pretos Novos. A cantora e compositora do Rio de Janeiro propõe uma viagem musical em 13 faixas autorais, que trazem a África, heroínas negras e a raiz afro-brasileira como principais inspirações.

Zilá Lima
Foto: Alessandra Tolc

Este é o primeiro álbum da cantora, compositora e berimbalista Zilá Lima, “Cantando Memórias”, lançado pela Kuarup, e que terá show de lançamento gratuito no dia 21 de outubro, às 12h, no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos, Gamboa, RJ. A entrada é após o “Circuito Histórico de Herança Africana”, caminhada que a entidade promove na área conhecida como Pequena África.

Em seu primeiro disco, Zilá apresenta 13 canções autorais – com produção musical de Celsinho Silva, arranjos de Rogério Souza e músicos como Bebê Kramer, Eduardo Neves, Jefferson Lescowich, João Camarero e João Lyra – que trazem como temas a diáspora africana, as manifestações culturais afro-brasileiras e a espiritualidade, atravessados por ritmos como samba, samba de roda, canção praieira, ijexá e até afro-choro e afro-bossa, criando um caldeirão cheio de tempero musical, que exalta a ancestralidade.

Outro destaque do álbum é a capa, assinada pelo designer Elifas Andreato e que tem como cerne a figura do Pensador angolano, imagem de origem Tchokwe e símbolo da cultura nacional de Angola, que representa a sabedoria, a experiência de longos anos vividos e o conhecimento dos segredos da vida. Andreato, um dos mais tarimbados criadores de capas de discos da MPB, deixou a arte pronta antes de falecer, em 2022, sendo este um dos seus últimos trabalhos.

A maioria das canções de “Cantando Memórias” foram compostas primeiro com o berimbau, instrumento que acompanha Zilá desde muito cedo, quando aos 12 anos, começou a praticar capoeira e a conhecer suas tradições, rituais e cantigas. Foi a capoeira que a levou a compor, inspirada pelas histórias que a sua mãe, nascida e criada na região onde se situava o Quilombo dos Palmares, em Alagoas, contava, nutrindo a artista com memórias ancestrais e histórias de escravizados passadas por gerações.

“Desde menina sinto uma grande necessidade de me fazer presente nas lutas antirracista e pela liberdade religiosa. Encontrei na música o melhor jeito de passar esta mensagem. Esse disco é parte da minha vontade de transformar em poesia e som, as histórias que sempre ouvi e que me nutriram de amor e de respeito pela cultura originária africana”, afirma a artista, que também integra a Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra no Brasil (CEVENB), da OAB-RJ, e que também é servidora do Arquivo Nacional.

SERVIÇO
Zilá Lima no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos
Local: IPN – R. Pedro Ernesto, 32-34 – Gamboa, Rio de Janeiro.
Data: 21 de outubro de 2023 (sábado) / Horário: 12h
Ingressos na hora

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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