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“Djavanear – Um Tanto Flor, Um Tanto Mar” no Sesc Copacabana

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“Djavanear – Um Tanto Flor, Um Tanto Mar” é um musical inovador que traz um olhar feminino para a obra de Djavan.

Após temporada no Teatro Itália, em São Paulo, “Djavanear – Um Tanto Flor, Um Tanto Mar” celebra a obra do cantor, compositor e músico alagoano a partir dos afetos, por meio de quarenta músicas, sob as vozes e os olhares femininos.

"Djavanear - Um Tanto Flor, Um Tanto Mar"
Foto: Priscila Frade

A fim de percorrer as arrebentações do oceano musical de Djavan, o idealizador, produtor, e diretor da peça, Eduardo Barata dá sequência à série de musicais não convencionais como “Admirável Sertão de Zé Ramalho” e “Noel Rosa: Coisa Nossa”.

Ele conta, “Desde 2018, estou em busca de construir musicais que não sejam óbvios, como as biografias contadas. A ideia é homenagear a criação e, consequentemente, as obras desses artistas”. Aliás, Barata convidou para esta missão o jornalista, escritor e pesquisador musical Mauro Ferreira.

“Ele é, certamente, um dos maiores conhecedores da Música Popular Brasileira e um grande amigo. Queríamos um texto que existisse a partir das letras do Djavan. A ideia de fazer apenas com mulheres acabou sendo um reflexo da própria obra do nosso homenageado, que escreveu tantas letras dedicadas ao sexo feminino. Então, soou natural para nós que elas se apropriassem das canções”, explica o idealizador. Além disso, Barata viu na diretora, escritora e coreógrafa Regina Miranda sua alma gêmea para conduzir com ele a direção do musical.

Plurais, as atrizes Karen Julia, Leila Maria, Mattilla, Paula Santoro e Tontom Périssé se revezam em “Djavanear – Um Tanto Flor, Um Tanto Mar”, numa dramaturgia fragmentada e onírica, costurada por Mauro em parceria com Regina. “É importante que as mulheres estejam em cena não como intérpretes do discurso do homem. Se o discurso é pessoal, vai para o feminino. Se é referencial, continua no masculino. Como a nossa abordagem é em cima dos afetos, temos todos os estágios do amor dentro deste universo djavaneano, e o elenco traz muitas corporalidades. Vamos dos 17 aos 60, combatendo o etarismo. O amor está em todas as idades.

“A obra dele é, por vezes, muito masculina. Ouvi-la somente nas vozes de mulheres é interessante. Acho maravilhoso que seja um elenco feminino. As letras são poéticas, falam de amor com imagens de flores, cores, mares. Isso foi um norte para a construção de toda a dramaturgia. Tem textos inspirados em letras de Djavan. São letras impregnadas de amor, paixão e desejo”, enfatiza Mauro Ferreira, que não poderia deixar de fora os grandes hits do homenageado.

“Flor-de-Lis”, “Açaí” e “Oceano”, naturalmente, são alguns dos spoilers do roteiro do espetáculo. “O público espera sucessos de Djavan em qualquer show ou espetáculo relacionado à sua obra. Ele surgiu para o público em 1975, mas pode ser alinhado com a geração genial de Gil, Chico, Caetano, Milton. Não por acaso, ele tem parcerias com Caetano e com Chico. Suas músicas são refinadas, têm harmonias por vezes complexas, mas, surpreendentemente, boa parte das canções dele se comunica com o público. Tanto que a obra de Djavan é recorrente em shows de bares. Todo mundo canta. Tenho orgulho de ter incluído ‘A Ilha’, música de 1980, lançada na voz do Roberto Carlos. É uma música belíssima que nem todo mundo conhece”, instiga o jornalista e escritor.

E para costurar todo esse oceano de hits, os diretores musicais, Alfredo Del Penho e Muato mergulharam nas letras e nas harmonias para dar ritmo ao musical e orquestrar as vozes femininas tão variadas como as de Paula Santoro, que já tem carreira consolidada na MPB, e a de Tontom Périssé, filha de Heloísa Périssé, que faz sua estreia nos palcos. .

O musical inova na performance dando um olhar feminino para a obra de Djavan. São cinco mulheres de diferentes faixas etárias e etnias no palco, promovendo a diversidade. Além disso, o cenário de Natália Lana, a luz de Luís Paulo Neném e o figurino de Luiza Marcier também são personagens importantes na engrenagem de “Djavanear”. “Eles ajudam muito a criar as ambientações. Creio que o espectador vai ser transportado para muitos lugares. Os figurinos dão um salto para fora do cotidiano. É como um sonho”, delicia-se Regina.

Serviço
De 11 de janeiro a 04 de fevereiro
De quinta a domingo – 20h
Sesc Copacabana – Teatro de Arena (Rua Domingos Ferreira 160, Copacabana)
Ingressos na bilheteria
Classificação: 12 anos.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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