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Scorsese receberá a honraria germânica na Berlinale

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Esbanjando bom humor em sua característica voz acelerada, sob o aplauso de uma multidão de jornalistas, o realizador Martin Scorsese fez da coletiva de imprensa do Urso de Ouro Honorário da Berlinale (prêmio que recebe esta noite no festival alemão) uma ode ao futuro da arte cinematográfica. Aliás, o cineasta deu até dicas sobre o futuro de seu próximo projeto, “O cinema, certamente, não está morrendo. Está apenas se transformando em novas formas, e os festivais dão a medida das novas vozes que estão surgindo e se afirmando, seja por meio do Tik Tok ou de uma minissérie”, afirmou o mítico diretor nova-iorquino de 81 anos.

Martin Scorsese receberá a honraria germânica numa cerimônia coroada pela projeção de um sucesso de bilheteria, Os Infiltrados (2006). Ele conta, “Não lembro mais o que o Jack Nicholson fez de improviso ali, mas a gente descobriu o filme no set”. Graças a esse thriller, o realizador da obra-prima Taxi Driver (Palma de Ouro em Cannes, em 1976) ganhou seu único Oscar de Melhor Direção. Em 2024, ele concorre à mesma estatueta este ano, com Assassinos da Lua das Flores, hoje disponível na Apple TV.

“O maior problema de um filme não é a produção em si, mas, sim, saber quem você é e poder afirmar isso. Isso vale para um projeto que parece um mosaico, como Lobo de Wall Street, ou para uma experiência em 3D, como ‘A Invenção de Hugo Cabret’. Por isso, não devemos termer a tecnologia, nem sentir que somos submissos a ela”, disse Scorsese.

Lá se vão 15 anos desde que Scorsese abriu o Festival de Berlim de 2008 com “Shine a Light”, documentário sobre os Rolling Stones. Faz mais tempo ainda desde que ele concorreu ao Urso de Ouro. Foi indicado ao prêmio em 1992, com “Cabo do Medo”. Nesta terça, quando o diretor passar pela capital alemã uma vez mais, parte das histórias que viveu nessas duas ocasiões virão à tona, a coroar su consagração e ampliar a campanha pela vitória de “Assassinos da Lua das Flores”. Ao mesmo tempo, sua visita deu visibilidade ao tal novo projeto: um longa sobre Jesus Cristo. “Estamos em busca da essência cristã, algo que se liga às minhas raízes católicas”, diz Scorsese. “Eu espero fazer algo provocativo, mas capaz de entreter”.

O Festival de Berlim termina neste domingo, sendo que o filme ganhador do Urso de Ouro e os vencedores dos demais troféus serão conhecidos no sábado, num anúncio feito pelo júri presidido pela atriz Lupita Nyong’o.

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