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“Claustrofobia”, monólogo com Márcio Vito e direção de Cesar Augusto, estreia no CCBB RJ

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Um ascensorista, uma executiva ambiciosa e um porteiro que sonha em ser policial. Pressionados pelo sistema, os três personagens se cruzam dentro de um prédio empresarial no centro de uma metrópole brasileira, completando 35 anos de carreira, o ator Márcio Vito interpreta este trio no solo “Claustrofobia”, estabelecendo um jogo cênico dinâmico que transita entre a estranheza e o humor.

Claustrofobia
Foto: Nil Canine

Idealizado e escrito por Rogério Corrêa, com direção de Cesar Augusto, o espetáculo expõe o isolamento e a alienação da vida urbana atual. O prédio onde se passa a história é um microcosmo das relações trabalhistas, humanas e sociais do país. O espetáculo parte de uma circunstância em que essas questões são não apenas a base das relações interpessoais, mas até definitivas para como os personagens enxergam si próprios e julgam o outro.

“O texto põe uma lupa nos pensamentos e preconceitos que separam as personagens em classes às quais eles julgam pertencer, que realmente são diferentes entre si, mas eles apenas se imaginam mais distantes uns dos outros do que de fato estão”, diz Márcio Vito.

Desdobrando-se entre os três personagens, o ator ilustra a realidade com um humor ácido, característico da dramaturgia de Rogério Corrêa. O trio está comprimido entre o elevador e a portaria de um prédio de escritórios. Imigrante do interior do Brasil, Marcelino é tímido, introvertido e trabalha como ascensorista para mandar dinheiro para casa. Ele passa seus dias enclausurado, descendo e subindo, dentro de uma caixa metálica. Stella é uma executiva ambiciosa, uma espécie de coach de si mesma, que está começando em um novo emprego. O porteiro Webberson controla tudo da portaria, até mesmo a música que toca no elevador. Ele sonha em ser policial e ter em mãos uma arma que lhe traga poder.

“Esses três personagens se esbarram num mesmo contexto arquitetônico, que é um prédio típico de centro empresarial. Se nos aprofundarmos um pouco mais, as situações acontecem em torno do ascensorista, que está dentro do elevador. São representações de um sistema traduzido pela arquitetura de um prédio. A partir daí vamos entendendo as humanidades”, diz Cesar Augusto.

Idealizador do projeto, o autor Rogério Corrêa faz sua estreia no Rio de Janeiro como dramaturgo em espetáculo presencial. Radicado em Londres há 30 anos, já teve seus textos encenadas no formato on-line, em São Paulo e na Inglaterra. Afeito a temas políticos e polêmicos, ele teve a ideia de escrever “Claustrofobia” em 2009, durante uma temporada no Rio. “Neste período no Brasil, percebi como ainda tem muito ascensorista trabalhando. Descobri que, para mim, aquele trabalho era uma metáfora da alienação do capitalismo, do trabalho contemporâneo”, diz Rogério.

SERVIÇO
Espetáculo: “Claustrofobia”
Temporada: de 7 de março a 14 de abril de 2024
Dias e horário: de quinta a sábado, às 19h. Domingo, às 18h.
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) – Teatro 3
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro
Ingressos na bilheteria do CCBB ou pelo site bb.com.br/cultura  

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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