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“Leci Brandão na Palma da Mão” se apresenta no Sesc Madureira

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Nome incontornável da música brasileira, compositora e intérprete de mão cheia, Leci Brandão é uma mulher à frente do seu tempo, pioneira em tudo o que tem feito em quase meio século de carreira. Primeira mulher a integrar a Ala de Compositores da Mangueira, e segunda mulher negra a ser eleita para a Assembleia Legislativa de São Paulo, Leci assumiu a homoafetividade publicamente no fim dos anos 70, em entrevista ao jornal Lampião da Esquina, e, alguns anos depois, rompeu com a gravadora multinacional por não aceitar abrandar as letras contestadoras. É autora de sucessos atemporais como Papai vadiou, Isso é fundo de quintal, Essa tal criatura, Ombro amigo e Zé do Caroço, este último regravado por artistas tão diversos como Seu Jorge, Anitta, Mariana Aydar, Grupo Revelação e a banda de rock Canto Cego.

O texto de Leonardo Bruno marca sua estreia no universo teatral: “Para a pesquisa que eu havia feito para o livro Canto de Rainhas (Agir, 2021) já me chamava a atenção como ela era muito avançada para a época. Os cinco primeiros discos, lançados na segunda metade dos anos 70, falam de coisas que estamos discutindo agora – mulheres, negros, LGBT, desigualdade social e por aí vai. E ainda foi corajosa ao romper com a gravadora que queria lhe impor repertório. As letras dizem muito sobre quem ela é, falam da sua história de vida, facilitou muito na hora de escrever”, conta. Para a montagem do espetáculo, o texto original ganhou adaptação dramatúrgica feita a seis mãos pelo diretor Luiz Antonio Pilar, a assistente de direção Lorena Lima e a diretora de movimento Luiza Loroza.

A simbologia do Candomblé, muito presente na vida da artista, é um dos fios condutores da dramaturgia. Filha de Ogum e Iansã na religião africana, Leci passou cinco anos sem gravar desde que se afastou da Polygram, por não aceitar reescrever suas letras. Em uma consulta às entidades no terreiro, ouve que tudo ficará bem. Ela assina com uma gravadora nacional, grava um disco com seu nome e estoura. Em agradecimento, todos os seus discos a partir de então tem uma saudação a um Orixá. “O espetáculo está estruturado dessa forma. A primeira saudação é para Exu, para abrir os caminhos. A todo momento esses Orixás vêm e assim vamos alicerçando a cena”, explica o diretor.

Serviço:
16/3, sábado, às 16h e ás 19h
Teatro – Madureira (Sesc Madureira: Rua Ewbank da Câmara, 90, Madureira)

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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