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22º Festival do Teatro Brasileiro ocupa Teatro Poeira

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De volta ao Rio de Janeiro após oito anos, o Festival do Teatro Brasileiro ocupa, de 3 a 26 de maio, os Teatros Poeira e Poeirinha com 12 espetáculos de teatro, circo, dança e teatro para bebês de companhias e artistas do Distrito Federal. Antes ainda, em abril, a UNIRIO recebe oficinas, residências artísticas e encontros entre universidades. O festival traz também DJs da capital federal, que se apresentam nas quintas-feiras de maio no Quartinho Bar, além de realizar ações educativas reunindo 600 alunos da rede pública de ensino, que irão ao teatro para assistir e discutir uma obra. Por fim, o festival promove rodadas de negócios entre produtores culturais. O projeto é realizado pela Alecrim BR Produções Artísticas com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.

Criado em 1999 pelo produtor Sergio Bacelar, gestor do projeto ao lado do diretor artístico Guilherme Filho, o FTB é um projeto singular no país. Nômade, a cada edição é escolhida uma unidade da federação para trocas artísticas com outro estado, com ações para além da apreciação de espetáculos, voltadas também à formação de novos públicos, qualificação profissional, democratização e inclusão. O projeto, ao longo das suas 21 edições, sistematizou um novo modelo de circulação, aproximação e celebração cultural, contabilizando 632 apresentações de 200 espetáculos, com público superior a 261 mil espectadores em 17 estados brasileiros, do Acre ao Rio Grande do Sul. Um total de 46.100 crianças e jovens da rede pública de ensino participaram gratuitamente dos programas educativos e cerca de 2.240 profissionais e graduandos frequentaram as oficinas e residência. Ao todo, foram gerados mais de 3 mil empregos diretos. O FTB esteve no Rio de Janeiro pela primeira vez em 2007, quando trouxe a cena mineira, e em 2016, numa edição especial durante as Olimpíadas.

“O festival é um momento de encontro, a oportunidade de trocas. Estou muito feliz em trazer para o Rio espetáculos de Brasília. Precisamos aproximar os Brasis e nada melhor que a arte para isso”, afirma Sergio Bacelar. “O público do Rio vai ter a oportunidade de ver uma mostra do teatro feita em Brasília e creio que vai se surpreender. O Teatro para Bebes vai despertar muito interesse”, completa Guilherme Filho.

Escolhidos pela curadoria do festival entre 141 inscritos, os espetáculos representam quatro vertentes das artes cênicas – teatro para adultos, teatro para bebês, dança e circo. Haverá sessões com ferramentas de inclusão como tradução e interpretação em Libras, Libras táteis para surdos cegos e audiodescrição para cegos.

A mostra contempla quatro espetáculos para bebês, típica e profícua produção candanga, que o público carioca terá a oportunidade de conhecer. São eles ‘Kwat e Jaí – acalantos indígenas para bebés’ transporta para o palco as histórias dos povos do Alto Xingu em uma poesia visual e sonora costuradas pelas canções de ninar kamayurá; ‘Bubuia’, inspirada na obra ‘A terceira margem do rio’, de Guimarães Rosa; ‘Voa’, que traz a história de duas crianças e uma pássara; e ‘Amana’, espetáculo de dança para e com bebês de zero a três anos.

Do teatro adulto serão apresentadas quatro experiências bem distintas e abrangentes. No solo ‘Senhora P’, Adriana Lodi fala de violências contra mulheres e as multiplicidades de abusos cometidos em territórios públicos e privados. O espetáculo de sombras ‘Memória Matriz’, da Cia Lumiato Teatro de Formas Animadas, utiliza a fotografia analógica como expressão da memória, estabelecendo um vínculo entre teatro de sombras e artes visuais. A Cia Setor de Áreas Isoladas vem com dois espetáculos – ‘Encerramento do Amor’, versão brasiliense da obra ‘Clôture de l’Amour’, do francês Pascal Rambert, e ‘A Moscou! Um Palimpsesto’, baseado no clássico ‘As Três Irmãs’, do dramaturgo russo Anton Tchekhov.

O público carioca verá dois espetáculos de dança. ‘Sonâmbulo’ é uma obra do coreógrafo e dançarino Ramon Lima, à deriva por uma jornada física, atravessando estados de sono e vigília. O trabalho foi realizado de maneira itinerante em seis residências artísticas no Brasil e Europa. Já ‘Ekesa Sanko’ traz o bailarino angolano Dilo Paulo como um herói que esqueceu o seu passado e resgata a conexão com os seus ancestrais para ressignificar o presente.

Os teatros Poeira e Poeirinha recebem também os espetáculos de circo adulto, ’23 fragmentos desses últimos dias’, fruto do encontro artístico entre o coletivo Instrumento de Ver e a francesa Maroussia Diaz Verbèke, e ‘{Entre} Cravos & Lírios’, livremente inspirado nas obras ‘Meu Primeiro Amor’, de Samuel Beckett, ‘O Capote’, de Nikolai V. Gogol e na frase ‘ser ou não ser, eis a questão’, de Shakespeare.

PONTO DE ENCONTRO – Nos dias 2, 9, 16 e 23/5 o Quartinho Bar será palco dos encontros entre DJs de Brasília e do Rio de Janeiro. Os DJs Barata, Odara, Paula Torelly e Pezão, nesta ordem, vão tocar, tendo como anfitriões os artistas do coletivo Juntos com Certeza, a partir das 18h. As matinês das quintas são famosas no Quartinho, um dos pontos de efervescência em Botafogo.

RESIDÊNCIA ARTÍSTICA – De 20 a 25 de abril, na UNIRIO, acontece a Residência Artística ‘Olho por olho, Dente por dente’, com a coreógrafa Luciana Lara, uma investigação que une dança contemporânea e artes visuais. Luciana Lara, diretora e coreógrafa da Anti Status Quo Companhia de Dança, desenvolve trabalhos de visualidade impactante, dramaturgias críticas e pesquisa de linguagem.

Serviço: Local: Teatros Poeira e Poeirinha
Endereço: Rua São João Batista, 104 – Botafogo
Ingressos na bilheteria do teatro e plataforma Sympla
Toda a programação do Festival do Teatro Brasileiro Cena Distrito Federal Etapa Rio de Janeiro está no site www.festivaldoteatrobrasileiro.com.br
Os espetáculos de teatro e circo contarão com interpretação em Libras, audiodescrição e Libras táteis

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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