A Teia: Russell Crowe encara detetive em filme genérico

A Teia apresenta um suspense típico de detetive, que até consegue manter a intriga, graças ao desempenho convincente de Russell Crowe. No longa, o vencedor do Oscar é um ex-detetive de polícia que se submete a um tratamento inédito e revolucionário para recuperar sua memória. A trama se complica quando um prisioneiro no corredor da morte, previamente detido por Freeman, insiste em sua inocência. Agora, esse desdobramento inesperado leva o protagonista a reabrir o caso, contando com a colaboração de um antigo parceiro do departamento policial (Tommy Flanagan). Ao se aprofundarem na investigação novamente, eles se veem envolvidos em uma teia de segredos e descobertas chocantes.

Fato é, a solvência de Crowe no papel principal é o atributo mais notável do filme, que provavelmente não permanecerá na memória de muitas pessoas. Apesar de seu sólido desempenho, é um caso infelizmente insípido que atrapalha seus dois primeiros atos, eventualmente atingindo um clímax previsível e exagerado que traz muitas reviravoltas que fazem pouco sentido.

A Teia marca a estreia na direção do roteirista Adam Cooper (Assassin’s Creed, Carga Explosiva: O Legado e A Série Divergente: Convergente). O filme parece e soa ótimo, porém, a trama atolada transforma esse suspense desajeitado em algo confuso, que não se encaixa firmemente no lugar. Sobrecarregado de suspeitos e quase orgulhoso de seus artifícios, ainda assim, em sua forma lógica e armadilhada, ele mantém o espectador preso ao enredo. Poderia ser uma história surpreendentemente inteligente e cheia de camadas, mas não é.