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Estômago II: O Poderoso Chef traz montagem ágil com nova premissa

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Status de cult no cinema nacional, desde quando foi lançado em 2007, Estômago ganhou uma continuação com toques violentos cheio de referencias aos filmes de máfia. Estômago II: O Poderoso Chef repete a formula narrativa do original, com duas linhas do tempo simultâneas de passado e presente, agora com um novo protagonista. Dessa vez, não estamos acompanhando Raimundo Nonato (João Miguel), mas sim Roberto (Nicola Siri), em sua jornada de ator fracassado a chefe da máfia siciliana.

Estômago II

O diretor Marcos Jorge apresenta uma montagem ágil, com cenas de ação e os momentos de violência mais gráficos, no estilo filmes de gângster, enquanto os efeitos visuais atestam o orçamento mais vistoso. Aliás, Estômago II utiliza de todas as referências que constroem o nosso imaginário sobre o subgênero, incluindo menções diretas a O Poderoso Chefão.

Dezesseis anos depois dos acontecimentos do primeiro filme, Nonato virou o chef dos chefs na prisão, encantando com seu talento culinário e saborosa lábia tanto o diretor do presídio quanto o veterano líder dos detentos (Paulo Miklos). Até que um terceiro chefão, o mafioso italiano Dom Caraglio (Nicola Siri), chega para disputar o controle da penitenciária e o privilégio de ser servido pelo carismático cozinheiro. Ao mesmo tempo, conheceremos os tortuosos caminhos que transformaram o pacato filho da dona de um restaurante brasileiro no sul da Itália no poderoso chefe que, anos depois, vem ao Brasil desafiar o crime organizado por causa de Nonato.

 Estômago II é grandioso por inúmeros motivos. Um elenco impecável em cena retratando parte do sistema prisional brasileiro, ao mesmo tempo que traz muita brasilidade na sua culinária. Além disso, a produção tem tudo para se tornar uma franquia. O melhor, ainda conserva o charme ingênuo de Raimundo Nonato.

Filmado no Brasil e na Itália e falado nos dois idiomas, Estômago II: O Poderoso Chef  se consagrou como o filme mais premiado da 52ª edição do Festival de Cinema de Gramado. O longa de Marcos Jorge levou cinco Kikitos: Melhor Ator (dividido entre Nicola Siri, que vive Dom Caroglio, e João Miguel, na pele de Raimundo Nonato), Melhor Roteiro (Bernardo Rennó, Lusa Silvestre e Marcos Jorge), Melhor Direção de Arte (Fabíola Bonofiglio e Massimo Santomarco), Melhor Trilha Sonora (Giovanni Venosta) e Melhor Filme eleito pelo júri popular.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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