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“Furdunço do Fiofó do Judas – uma opereta popular apimentada por Marinês” celebra 5 anos em cartaz 

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Com uma trajetória de sucesso que já levou mais de 6 mil pessoas ao teatro, o premiado espetáculo “Furdunço do Fiofó do Judas – Uma Opereta Popular Apimentada por Marinês” celebra cinco anos em cartaz com uma curta temporada no Teatro Dulcina. A Cia Bagagem Ilimitada, que completa nove anos de existência em 2024, convida o público a prestigiar a peça.

Com dramaturgia do próprio grupo e direção de Jefferson Almeida, o musical foi indicado ao Prêmio I Love Prio do Humor– idealizado por Fábio Porchat – nas categorias de Melhor Peça, Melhor Texto e na categoria Especial pela introdução do repertório musical da cantora Marinês à dramaturgia, vencendo como Melhor Dramaturgia em 2020. 

Carregado de brasilidade, o enredo viaja até o interior do Nordeste para contar a história de quatro mulheres, Adelina, Antônia, Francisca e Gumercinda, prostitutas e donas de um bordel que recebem a visita de um forasteiro que vai abalar as estruturas do cabaré.

Elas só não desconfiam que o sargento Malaquias de Jesus é o próprio Diabo, que aparece para roubar o coração das moças. As situações são apresentadas de maneira leve e cheia de borogodó, evocando o melhor da tradição teatral e cultural nordestina, onde o público vai reconhecer a exaltação à força da mulher batalhadora, os “quiproquós” e reviravoltas divertidíssimas. Há também a velha peleja entre o Coisa Ruim e Deus, que aqui no espetáculo é mulher e interpretada pela premiada atriz Vilma Melo, em uma toda poderosa participação afetiva em off.  Para apimentar essa receita, PV Israel e Jacyara de Carvalho, intérpretes e responsáveis pela dramaturgia, resgataram o pioneirismo e o humor de canções imortalizadas na voz da pernambucana Marinês, a Rainha do Xaxado. Falecida em 2007, a cantora e compositora foi a primeira mulher a liderar uma banda de forró (Marinês e sua gente) e estourou em todo o país com a música “Peba na pimenta”, recheada de duplo sentido.

Esta e outras 23 canções gravadas por Marinês aparecem não como uma homenagem biográfica, mas para dar mais malícia à história passada em Fiofó do Judas. “A opereta é um desdobramento da ópera para o público popular. Como a gente tem uma opereta, que já é popular, mais popular ainda? Temos essa possibilidade de embarcar em todos aqueles assuntos que agrada a essa camada dita popular, que os faz rir, que está na ordem do dia, na ordem do dia-a-dia, que faz o trabalho leve, faz a vida respirar melhor”, conta Jefferson Almeida, intérprete de Malaquias e também diretor do espetáculo.

Sob a batuta da diretora musical Deborah Cecília, o elenco vai fazer o público se mexer na cadeira ao som de muito xaxado e baião. Furdunço do Fiofó do Judas é um espetáculo leve e divertido, que aborda temas relevantes sem deixar de fazer rir. “Subjetivamente e culturalmente, trazer o Nordeste para cá – uma pequena cidade fictícia e o  que acontece nela – é falar do nosso Brasil, falar de um lugar que ainda está à margem, em várias camadas. Trazer mulheres como protagonistas, prostitutas… Por mais que leve que seja, estamos falando disso: de pessoas que precisam ser vistas. E valorizadas pelo que fazem. O teatro feito no seu mais simples que é era uma vez uma história de mulheres que vencem através da sua autoestima”, comenta Jacyara.

“Furdunço do Fiofó do Judas – Uma Opereta Popular Apimentada por Marinês” faz temporada de 9 de agosto a 1º de setembro de 2024 Dia/Hora: sextas e sábados às 19h e domingos às 18h no Teatro Dulcina
(Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro). Ingressos à venda na bilheteira do teatro no dia da apresentação e no site Sympla. Faixa etária: 16 anos

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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