PACTO DE REDENÇÃO: 16 anos depois Michael Keaton volta a cadeira da direção

 PACTO DE REDENÇÃO (Knox Goes Away), dirigido e estrelado por Michael Keaton, é um drama policial com direção competente de Michael Keaton. Em seu segundo trabalho como diretor, o primeiro foi Má Companhia, de 2008, Keaton interpreta um assassino inebriante diagnosticado com uma forma rara e agressiva de demência.

Com premissa do roteirista Gregory Poirier, a trama é construída de maneira metódica e silenciosa, ganhando alguns arranhões narrativos. Keaton tem um desempenho competente tanto na direção como na atuação, porém, com dito acima, o filme tem certa lucidez sobre a temática abordada, fazendo com que o espectador adentre a trama buscando um filme de ação genérico, porém dramático.

Aparentando ser uma obra de gênero de ação, o filme apresenta ser um drama criminal através do diagnostico de afasia, diagnóstico do ator Bruce Willis, que progrediu para uma demência frontotemporal, identificada pela sigla DFT. Poderíamos achar que qualquer semelhança é mera coincidência, mas acredito que essa obra especificamente seja uma forma de homenagear em vida o ator que Duro de Matar, conhecido por grandes filmes de ação. Cabe a Michael Keaton levar as telas um filme que traça parte da sua doença misturado ao gênero que o consagrou.

PACTO DE REDENÇÃO acompanha John Knox, um experiente assassino profissional cuja vida vira do avesso depois de descobrir uma doença rara, que compromete completamente sua memória. No meio disso, seu filho Miles (James Marsden), com quem não falava há anos, o procura para ajudá-lo na tentativa de encobrir um crime. Knox, então, parte em uma verdadeira corrida contra o tempo não só para salvar seu filho, mas também para vencer os truques cada vez mais recorrentes que sua mente tem lhe pregado. 

PACTO DE REDENÇÃO tem tudo para ser uma história instigante, com riscos emocionais genuínos, mas pode apresentar rachaduras em seu enredo, fazendo dessa experiencia cinematográfica ser genérica.