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Ainda Estou Aqui: Livro de Marcelo Rubens Paiva ganha adaptação para os cinemas

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Diretor de Central do Brasil e Terra Estrangeira, Walter Salles, enfim, estreia seu novo filme nos cinemas nacionais, Ainda Estou Aqui, baseado no best-seller escrito por Marcelo Rubens Paiva, é um dos filmes mais esperados do ano. O livro é uma obra autobiográfica, que explora a relação de Marcelo Rubens Paiva com a mãe, Eunice. Assim como no livro, o filme mostra como a dona de casa precisou se reinventar e atuar no combate à ditadura militar depois que o marido, Rubens Paiva, foi preso.

Ainda Estou Aqui

Ainda Estou Aqui é certamente mais uma nova obra poética de Walter Salles. Com um olhar delicado, cheio de nuances, o filme traça a vida de uma família diante das circunstâncias da Ditadura Militar no Brasil.

No início da década de 1970, o Brasil enfrenta o endurecimento da ditadura o militar. No Rio de Janeiro, a família Paiva – Rubens, Eunice e seus cinco filhos – vive à beira da praia em uma casa de portas abertas para os amigos. Porém, U=um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece.

Terceiro filme da parceria entre Fernanda Torres e Walter Salles traz a atriz como Eunice Paiva, uma mulher que se tornou ativista pelos Direitos Humanos após um brusco rompimento sentimental em sua vida. Eunice Paiva teve papel fundamental na busca por respostas pelas famílias dos desaparecidos políticos durante a Ditadura Militar, ela combateu o estado autoritário através de uma imensa delicadeza combativa.

Walter Salles subtraiu o essencial de seus personagens. Com uma direção objetiva, contundente e com extrema delicadeza, o cineasta faz uso da sutileza da personagem central em toda a sua narrativa, sem empurrar algo espetaculoso, mas sim coloca o espectador como cúmplice daquela mulher.

Com um elenco em excelente forma e sintonia, Fernanda Torres brilha em cena diante de todos os desafios impostos. Em assombrosa atuação, a atriz discorre entre falas e sentimentos a maior dor do mundo: a perda.

O longa mais do que tudo nos coloca na posição de não esquecer e não perdoar, repetindo com exaustão o sentido da memória, verdade e justiça por todos os companheiros e companheiras que foram assassinados pela ditadura.

Emocionante, comovente e inesquecível, filme foi vencedor do prêmio de melhor roteiro no 81º Festival de Veneza e indicado pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil no Oscar 2025.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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