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“Vale Tudo”: Remake será resistente as conquistas sócio-politicas

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Manuela Dias reescreve “Vale Tudo”, sucesso de 1988, com a direção artística de Paulo Silvestrini. O sucesso de de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères conta com Taís Araujo, Bella Campos, Paolla Oliveira, Cauã Reymond, além de Débora Bloch como a famosa vilã Odete Roitman, entre outros, no elenco. Aliás, a música “Brasil”, de Gal Costa, será mantida no remake em uma versão atualizada.

Na nova versão de “Vale Tudo” coube a Taís Araújo dar vida à heroína Raquel. Mulher batalhadora que trabalha como guia de turismo em Foz do Iguaçu, no Paraná, Raquel acredita que é possível vencer na vida com dignidade. Por outro lado, sua filha, Maria de Fátima, uma jovem desinteressada pela rotina na pacata cidade paranaense, sonha se tornar influencer digital e ficar rica a qualquer custo.

“Vale Tudo” gira em torno do conflito entre mãe e filha, Raquel (Taís Araujo) e Maria de Fátima (Bella Campos), sobre se é possível ou não ser muito bem-sucedido e, ao mesmo tempo, honesto no Brasil. O embate entre elas vai mobilizar todos os núcleos da trama, provocando enfrentamentos éticos, histórias de amor e encontro de mundos diferentes que habitam uma mesma cidade, o Rio de Janeiro. A história ganha atualizações na estética, na abordagem de temas e em desdobramentos da trama: o clássico bordão “Quem matou Odete Roitman?” promete novo frisson com a possibilidade de um desfecho diferente em 2025.   

Na trama, de um lado, a mania de grandeza de Maria de Fátima (Bella Campos) torna a pacata Foz do Iguaçu, no Paraná, pequena para sua ambição. Do outro, sua mãe, Raquel (Taís Araújo), uma mulher forte, batalhadora, que preza pela honestidade acima de tudo. Maria de Fátima não vê a hora de ter uma vida deinfluencer, tal qual as celebridades que acompanha na internet, e abandonar tudo o que lembre a sua detestável vida. E ela não vai medir as consequências para chegar aonde quer: com a morte do avô, vê na venda da herança a oportunidade de se mudar para o Rio de Janeiro e seguir com seu plano, nem que isso signifique enganar e deixar a mãe para trás.    

Na cidade carioca, a trama ganha novos e importantes personagens, como a icônica vilã Odete Roitman (Debora Bloch), nesse embate ético sobre ser ou não ser honesto, que conduz toda a narrativa e convida o público a refletir, vibrar e se emocionar. 

37 anos depois da obra original, o remake consegue ser vintage com uma carta de intenções, que toca o coração do fã. “Vale Tudo” é uma obra tão importante no contexto politico social quanto foi lançado. e Agora, s essencia da obra está preservada , com pequenas homenagens , referencias a diretores de novela como o Ricardo Waddgton .

Taís Araújo conta que sua personagem é genial, cheia de conflitos, digna de uma jornada do herói , com um grande arco. Ela comenta,”a comparação com a primeira versão é natural, é uma responsabilidade imensa ao mesmo tempo que é uma honra, fico muito feliz. ”

A autora, Manuela Dias conta que telenovela é quase uma polaroide na hora de construir personagens, ela conta ” “Vale tudo” é um ícone da dramaturgia, marcada pela censura, agora, vamos falar em termos de resistência, mesmo que esse caminho seja lento. De 88 para cá a gente passou por uma questão de letramento, o nosso olhar era tão deformado, existe um avanço incrível até o momento que estamos vivendo”.

Sobre o remate, ela conta, “A gente é autor só no comecinho, depois escapa, né, a gente está remontando, não refazendo”. Ela acrescenta que o espectador pode esperar homenagens a cenas icônicas da novela.

Com previsão de estreia em março, “Vale Tudo” é escrita por Manuela Dias, com colaboração de Aline Maia, Claudia Gomes, Márcio Haiduck, Pedro Barros e Sérgio Marques, baseada na obra de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères.

Confira o teaser do remake de ‘Vale Tudo’, lançado ontem, dia 24 de fevereiro. Novela estreia no dia 31 de março no horário das 21h.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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