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Branca de Neve ganha live action aquém do classico de 1937

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O novo Live Action de Branca de Neve faz uma releitura musical do clássico filme de 1937. Branca de Neve foi a porta de entrada para uma nova Era no cinema, revolucionando a forma como histórias eram contadas e projetadas nas telas. O novo longa é até bem-sucedido em termos tecnológicos, com uma fotografia que é um espetáculo visual cativante. A paleta visual é suntuosa e vibrante (e até assustadora, as cenas na floresta são dignas de filme de terror).

Rachel Zegler pode até ser uma estrela ao assumir as musicas, porém a escolha da atriz não agrada por não caber na descrição da personagem que é branca como a neve, além de ser mais bonita, que a vila do filme, Gal Gadot, essa sim, a grande diva do longa, tanto em termos animados e elencados nas atrizes que já assumiram este papel. Gal Gadot, que aparece em vestidos suntuosos, arrisca cantar e até agrada, aliás, a atriz está divertidíssima em cena, e maléfica.

A figura de Branca de Neve trouxe algo inédito ao imaginário popular da época, uma heroína que, com sua bondade e coragem, enfrentava desafios com resiliência. Sua jornada de superação e sua crença na bondade transformaram-na em um símbolo de esperança, porém esse arquétipo não é visto no novo longa.

Branca de Neve

Além disso, os anões em CGI decepcionam (e muito!), a escolha de faze-los dessa forma é desconcertante e completamente fora de eixo!

O Live action traz números musicais e, claro, dezenas de animais animados encantadores. Porém Branca de Neve não é um ótimo remake do clássico animado, o longa desfaz o clássico (que tanto amamos), Rachel Zegler é uma Branca de Neve ruim, as mudanças na história não agradam, como a escolha de Andrew Burnap, ator que à salva do feitiço ao parecer um bobo da corte (no clássico ele é um príncipe bonito e elegante, nessa produção, ele é um ladrãozinho da comunidade, maltrapilho, além disso a química entre os atores não funciona).

Dirigido por Marc Webb, a produção é decepcionante para os fãs do clássico. Refazer filmes tão icônicos é, certamente, pisar em ovos, a necessidade de remakes e live actions só nos faz ver o tamanho da crise do cinema hollywoodiano na falta de criatividade.

BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES foi muito mais do que um sucesso de bilheteria, com seus personagens marcantes e uma narrativa visual inovadora, o filme abriu as portas para a criação de um novo gênero cinematográfico: a animação. Além disso, foi o primeiro a receber um Oscar® honorário por suas realizações pioneiras, ganhando inclusive sete miniaturas de estatuetas para representar cada um dos anões, um feito histórico que colocou a Disney no mapa de Hollywood.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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