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“Rita Lee – Uma autobiografia musical” traz talento e irreverência da artista

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“Rita Lee – Uma autobiografia musical” sobre a cantora Rita Lee põe em cena a leveza Pop da autobiografia da artista. Em cena, Mel Lisboa personifica a artista, não só na voz, mas também com seus trejeitos e humor afiado. A atriz é um espetáculo à parte, fazendo do musical, seu grande sucesso. Mel Lisboa brilha da primeira à última cena, ajudada por primorosa caracterização!

Com direção precisa de Marcio Macena e Débora Dubois, roteiro de Guilherme Samora e direção musical de Marco França e Marcio Guimarães, “Rita Lee – Uma autobiografia musical” é um verdadeiro ritual de celebração da liberdade, da arte e da resistência. A vida de Rita Lee é contada com a mesma honestidade escancarada do livro autobiográfico.

O musical reverencia o legado de Rita Lee. A nova montagem dá movimento à obra autobiográfica da cantora. A principal diferença desta nova temporada para a primeira obra teatral é que agora o ponto de partida é a autobiografia da Rita Lee. Ou seja, é a história que ela mesma narra de si, diferentemente do outro espetáculo, que era uma adaptação do livro “Rita Lee mora ao lado”, de Henrique Bartsch.

Os acontecimentos de sua vida são narrados quase como uma pré-história para o ponto de virada na vida afetiva de Rita. Em 1976, ela conhece o guitarrista Roberto de Carvalho, compositor e músico que virou a cabeça e a música de Rita Lee. O amor do casal dá o tom da segunda metade da peça.

“Rita Lee – Uma autobiografia musical” consegue transpor para o palco a leveza do livro de Rita. São duas horas e 20 minutos, sem o intervalo, com enredo fluido, agradável e feliz. Os fatos cruciais estão todos ali delineando a trajetória da Deusa do Rock.

As músicas alinham os acontecimentos cronológicos, abordando temas como sua prisão na ditadura e até a excomunhão da Igreja Católica.

Fabiano Augusto, ator que dá vida a Ney Matogrosso também merece destaque, ao personificar “Bandido corazón”. Já Débora Reis está impagável como a apresentadora Hebe Camargo trazendo a ida histórica ida de Rita ao programa da apresentadora de TV. A direção de cena realça os detalhes distintos das personagens. Tanto a expressão corporal da homenageada quanto os cacoetes característicos dos outros artistas são destacados com sutileza e precisão, tudo em tom mais suave.

Rita Lee sempre foi uma mulher de ação, não levantou bandeiras, não era do falar, era do fazer. O discurso dela estava nas letras, na atitude, estava em quem ela era. Certamente, uma mulher que realmente quebra barreiras e mostra que é possível ir muito além do que as pessoas dizem que é.

O público é transportado pelas canções inesquecíveis que definiram a carreira de Rita Lee do começo ao fim, e o melhor é ver todo mundo cantando junto, com a letra na ponta da língua. ” Rita Lee – Uma Autobiografia Musical” é rico nas palavras de Rita, colorido como sua vida foi e completamente, emocionante. Fato é, uma bela homenagem Rainha do Rock Nacional.

Visto por mais de 60 mil pessoas, o espetáculo  “Rita Lee – Uma Autobiografia Musical” estreou no dia 26 de abril de 2024 em São Paulo e, ao longo de mais de um ano em cartaz, teve todas as suas sessões esgotadas. Mel Lisboa (que interpreta a roqueira a pedido da própria Rita) acaba de levar o Prêmio Shell de melhor atriz por este trabalho – ela também foi indicada aos prêmios DID e APCA. A montagem recebeu também Prêmio Arcanjo Especial e, no Prêmio PRIO do Humor, foi indicada nas categorias direção e atriz (Débora Reis) por sua atuação como Hebe Camargo.

Saiba mais sobre a peça!

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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