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A Empregada: Sydney Sweeney e Amanda Seyfried brilham em cena

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 A Empregada, novo suspense de Paul Feig, baseado no livro de Freida McFadden, conta a história acompanha Millie Calloway (Sydney Sweeney), uma jovem que chega para uma entrevista de emprego em uma mansão isolada, perto de Nova York, mas bem longe do barulho da cidade grande. A casa pertence à família Winchester: Nina (Amanda Seyfried), o marido Andrew (Brandon Sklenar) e a filha pré-adolescente, quietinha e misteriosa. Tudo parece perfeito demais. A entrevista flui, o currículo encanta, Millie fala com paixão sobre sua vocação para cuidar de lares e de crianças. Só que, logo nos primeiros minutos, a gente percebe que nada ali é o que parece.

Paul Feig, aquele diretor que a gente conhece das comédias de ação como A Espiã que Sabia de Menos (2015) e Caça-Fantasmas (2016), já tinha mostrado em Um Pequeno Favor (2018) que sabe brincar com o suspense. E, em A Empregada, ele acerta em cheio de novo. O filme tem duas horas e onze minutos que passam voando, porque o roteiro, escrito por Rebecca Sonnenshine é conduzido com maestria pelo diretor, que joga virada atrás de virada na medida certa. Você acha que entendeu o jogo, aí vem um detalhe e tudo desmorona. E o melhor: as reviravoltas começam cedo, já com a própria Millie, que esconde um passado que vai se revelando aos poucos.

Em A Empregada, o casal Winchester — e quase todo mundo daquela cidadezinha rica — guarda segredos pesados, daqueles que fazem você desconfiar até de quem só aparece servindo café. As atuações são o grande trunfo. Sydney Sweeney prova, de novo, que é muito mais do que um rosto bonito; ela segura o filme nas costas e entrega uma personagem repleta de camadas, ora frágil, ora assustadoramente calculista. Amanda Seyfried, como a patroa Nina, está ainda mais complexa (é um papel que exige ir do charme frio à loucura em segundos, e ela arrasa). Já Brandon Sklenar traz solidez à cena, mas cabe as duas mulheres dominarem a trama.

Para além da química (e da tensão) que reina entre o elenco de A Empregada — palpável e responsável por sustentar grande parte do suspense —, a mansão é quase um personagem à parte: moderna e impessoal, com espaços amplos, luz baixa e cores frias que vão ficando mais opressivas conforme os segredos vêm à tona. Feig usa o espaço com inteligência, criando claustrofobia mesmo em ambientes enormes. A trilha sonora, discreta, mas sempre no ponto certo, ajuda a manter o coração acelerado. Não há jumpscare barato, o medo vem da sensação constante de que algo está terrivelmente errado por trás das cortinas sempre impecáveis.

No fim, A Empregada é aquele suspense que te faz sair do cinema discutindo com quem foi junto, tentando montar o quebra-cabeça de novo. Não li o livro, então não sei o quanto a adaptação mudou a história, mas, como longa-metragem, funciona redondo: entretém, engana, surpreende e deixa um gostinho de “caramba, como não vi isso vindo?”. Se vocês curtem thrillers psicológicos bem atuados e com reviravoltas inteligentes, já anotem aí: excelente pedida para começar 2026 no cinema. Vale cada minuto!

Desliguem os celulares e excelente diversão.

Bruno Giacobbo
Bruno Giacobbo
Um dos últimos românticos, vivo à procura de um lugar chamado Notting Hill, mas começo a desconfiar que ele só existe mesmo nos filmes e na imaginação dos grandes roteiristas. Acredito que o cinema brasileiro é o melhor do mundo e defendo que a Boca do Lixo foi a nossa Nova Hollywood. Apesar das agruras da vida, sou feliz como um italiano quando sabe que terá amor e vinho.

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