Café Society

Um dos mais brilhantes diretores em atividade, Woody Allen volta as telas com a sua fiel estrutura cinematográfica. Seja na trilha sonora, no roteiro ou na direção, a marca do diretor está, sempre, lá.

Em seu novo filme, “Café Society”, o diretor volta a sua essência em uma trama envolvente com um toque noir. Dessa vez, cabe a Jesse Eisenberg ser o  alter ego de diretor. Bobby é um rapaz judeu que vai para Hollywood em busca de novas aventuras. Embora sedutora à primeira vista, a cidade frustra as aspirações românticas do rapaz que retorna à Big Apple, decepcionado com a idealização do amor verdadeiro.

Como de praxe, Woody Allen utiliza sua cidade natal (Nova York) como contraponto com a ensolarada e fútil Hollywood dos anos 30 e 40 que nos presenteia com a belíssima direção de Arte e o figurino de época (como em “Meia Noite em Paris”).

Alias, o diretor repete a fórmula de “Meia Noite em Paris” com sucesso. Desta vez, o cineasta acrescenta um toque meigo nessa nova viagem agridoce cercada por uma atmosfera mafiosa e romântica, ao mesmo tempo.

O roteiro foge da linearidade do diretor com a inclusão de flashbacks que ganharão contornos fundamentais para a história. É claro que sem esquecer das excentricidades do cineasta:  Judaísmo, traições em família, encontros ao acaso e insatisfações amorosas.

Cheio de boas atuações, o elenco apresenta grande química, naturalidade e sintonia em cena.

“Café Society” nos mostra um diretor cheio de vigor e  fôlego que continua inspirador.

Foto: Divulgação