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Triângulo da Tristeza: Ruben Östlund faz sátira social da burguesia

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Depois de The Square, Ruben Östlund faz nova critica social.

Triângulo da TristezaEm Triângulo da Tristeza, um casal de modelos são convidados para um cruzeiro de luxo, onde diversos tipos de milionários expõem suas excentricidades. Porém o que a princípio parecia uma viagem perfeita de navio termina catastroficamente.

Quando o iate afunda, eles ficam presos em uma ilha deserta, deixando os sobreviventes presos e lutando pela sobrevivência em uma sátira onde os papéis e as classes sociais são invertidos. Agora, velhas hierarquias são viradas de cabeça para baixo. A trama faz uma ótima critica social da burguesia com referencias a Parasita e The Square.

Triângulo da Tristeza coloca em cena o coletivo versus o individual em meio a reflexão filosófica. O diretor Ruben Östlund aborda os limites éticos da convivência e a imoralidade humana em meio ao contraste elitista da classe burguesa. O confronto com a realidade social consegue ir além da bolha pela construção de uma atmosfera por vezes ordinária, ao mesmo tempo que extraordinária.

Triângulo da Tristeza é, certamente, um filme com intenção de fazer críticas pontuais sobre a alta sociedade e seus costumes. Aliás, ainda que você não concorde com as opiniões que são mostradas, o espectador sentirá desconforto, mexendo até com suas crenças ao satirizar a alta sociedade.

Östlund coloca em cena o vazio dos ricos em meio ao poder do dinheiro, a relação entre ricos e pobres. Aliás, tal temática foi aborda na recente série “The White Lotus”, colocando em discussão até que ponto o poder e o dinheiro podem, de fato, fazer.

Triângulo da Tristeza consegue ser engraçado quando precisa, em um humor ora pesado, ora divertido, que muitas vezes, te tira quase um riso de culpa.  Obviamente, que para conseguir tal feito, é necessário um elenco que imprime em cena personagens criveis e naturais.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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