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Back to Black romanceia a realidade de Amy Winehouse

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Back to Black, cinebiografia da cantora Amy Winehouse, chega enfim aos cinemas, contando pouco ou quase nada sobre sua história. Quando alguém se propõe a contar a história de um artista em formato audiovisual deve se levar em conta toda a sua história, seus traumas, seu gatilhos, seus vícios e seus sentimentos, além, obviamente, de sua família e amigos.

Aliás, em se tratando de Amy Winehouse a mídia usou seu nome e sua imagem para ganha muitos cliques (e dinheiro também), fato é, isso fez parte de sua história de forma trágica. Com que direito um paparazzi pode provocar gatilhos em busca de uma foto? A que custo? Sabe quantas pessoas já morreram por isso?

A trama, contada através dos olhos de Amy, acompanha em parte sua jornada artística desde a adolescência até a fase adulta. O namorado e mais tarde marido de Amy, Blake Fielder-Civil, é fundamental para a história. Os dois se conheceram em um bar em Londres e logo se envolveram em um relacionamento tóxico que incluiu Fielder-Civil apresentando Amy às drogas pesadas e mais tarde possibilitando seu vício, fornecendo heroína à cantora enquanto estava na reabilitação.

A cantora que estourou no mundo inteiro com o álbum “Back to Black”, lançado em 2006, já fazia parte do mundo musical em 2003, quando estreou “Frank”, seu primeiro álbum de estúdio, e começou a chamar atenção no Reino Unido. Porém, sua história de vida é carregada pela família disfuncional que tinha, além do seu amor incondicional pela avó, grande influenciadora da sua carreira.

A separação dos pais foi um fator relevante em sua vida, provavelmente por conta disso, Amy teve Bulimia, transtorno alimentar que também afetou futuramente seu vicio em álcool. A relação com a bebida alcóolica começou cedo, mas com sua avó por perto, demorou um pouco para se tornar sua real realidade. Após a perda da avó, Amy entrou em um buraco sem fim. Ao mesmo tempo que seu marido Blake à afundava ainda mais, a levando a se envolver com drogas. O relacionamento destrutivo, a relação com a fama, principalmente os paparazzis, permitiram que Amy entrasse em quadro psicótico muitas vezes. Certamente era sua forma de fugir da realidade, mas que a destruiu ainda mais.

Com direção de Sam Taylor-Johnson (Garoto de Liverpool), o longa é estrelado por Marisa Abela em ótima caracterização e atuação, mesmo sem conter traços parecidos com a cantora. Abela assume as rédeas de uma Amy descontrolada, mas que sabia muito bem o que queria, porém o filme não segue por esse caminho e leva as telas uma tentativa romanceada sobre sua história, mas sem contar. O que mais falta é informação sobre a razão do seu vicio e como a família lidava com ele, além de não inclui-la na narrativa. Back To Black peca em não contar sua verdadeira história! A da mulher insegura, carente, que se jogou nas drogas por inúmeras razões.

O lançamento do homônimo “Back to Black” , que lhe rendeu seis premiações no Grammy, pontua o ultimo ato do filme, desde o sucesso mundial à sua história de “amor” com Blake Fielder-Civil. Ao mesmo tempo que este infeliz era inspiração para suas musicas (que a levaram ao sucesso mundial), ele sempre foi o calcanhar de Aquiles dela. Amy o colocou num pedestal como se fosse um “príncipe encantado” que a salvaria de suas dores internas, mas ele só fez piorar.

Amy Winehouse não só se tornou referência na música Soul e R&B, como também virou marca polemica pela sua trajetória ao falecer precocemente aos 27 anos, vítima de intoxicação alcoólica, em 2011, idade fatal de muitos músicos como Jim Morrison.

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Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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