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Nos palcos e nas telas, Renata Paschoal faz humor com ‘um olhar integralmente feminino’

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Com vasta estrada nos palcos no currículo e um prêmio no Festival de Gramado pela direção do .doc “Clarice Niskier – Teatro dos Pés à Cabeça” nas costas, Renata Paschoal encara um duplo compromisso com o legado do cineasta e dramaturgo Domingos Oliveira (1935-2019), de quem foi uma prolífica parceira na produção. Ela está em cartaz no teatro do Planetário da Gávea (que leva o nome do realizador) com a peça “Dois Contra o Mundo”. A protagonista é a atriz Priscilla Rozenbaum (companheira de vida e obra do mítico diretor), que contracena com Márcio Vito. O texto é uma herança dela e narra o interlúdio entre uma advogada e um ator. Em paralelo, Renata leva às telas nesta quinta a comédia em episódios “Todo Mundo (Ainda) Tem Problemas Sexuais”. Trata-se de uma antologia sobre o benquerer com quatro histórias independentes, todas centradas em inseguranças e desejos.

Renata Paschoal

Seu roteiro se alinha com o legado anfíbio (meio teatro, meio cinema) de Domingos, autor de uma peça (de enorme sucesso) chamada “Todo Mundo Tem Problemas Sexuais”. Em 2008, ele mesmo levou esse texto aos cinemas, que estreou numa sessão no Odeon, no Festival do Rio, há 17 anos. O longa dele trazia Pedro Cardoso em vários papéis.

Aliás, a versão de Renata não chega a ser uma sequência direta, mas é uma espécie de tributo ao original de Domingos. A melhor das tramas que ela filma fala de um casal que se fragiliza quando decide abrir a relação para incluir uma nova integrante. Dudu Azevedo e Rozenbaum são os achados do elenco.

RFQual é o lugar que o teatro reserva para a comédia romântica?  De que maneira o público das artes cênicas, hoje regado de espetáculos calcados em pautas identitárias, recebe uma love story leve?
Renata Paschoal:
 É ótimo para nossa história e cultura que tenhamos diversidade em nossos palcos e telas. As comedias são sempre comoventes, como é o caso das que fez o Domingos Oliveira. Com “Dois Contra o Mundo”, estamos em nossa segunda temporada, num sucesso de público e crítica.  É bom falar de amor, a vida não anda fácil.  

RF – O que existe de mais forte de Domingos Oliveira na peça “Dois Contra o Mundo”? 
Renata Paschoal:
 Tudo. O amor, o riso, a emoção e o otimismo dele pela vida estão no texto. 

Em que terreno uma parceira recorrente como Priscilla Rozenbaum (parceria de vida e de obra do Domingos) mais te surpreende, no palco e na tela? 
Renata Paschoal: 
Priscilla é generosa e, com ela, eu me sinto acolhida. É um conforto na alma ter construído esta parceria tão longa. Domingos pode não estar presente fisicamente, mas ele está o tempo comigo, na arte, nos textos, nas lições de vida, nas boas histórias, nas boas lembranças. É sempre reconfortante lembrar uma frase dele, um conselho. Ele dizia: “Não sei se sou genial, mas minha visão de mundo é”. Sim, ele era genial, sabia ver o que o outro tinha de melhor.  

RF – O que fica do “Todo Mundo Tem Problemas Sexuais” de 2008 no seu filme?
Renata Paschoal:
 Fica o tema. São histórias de amor, com tudo o que isso pode envolver – ciúmes, traição, desejos e curiosidades sexuais – contadas de forma leve e divertida.

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