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Os Roses: Até que a morte os separe é uma tentativa frustrante de refazer o clássico dos anos 80

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Na Era dos remakes e reboots, os clássicos filmes que amamos são os que mais sofrem. Dessa vez a Disney decidiu readaptar A Guerra Dos Roses (1989), com Michael Douglas e Kathleen Turner, baseado no livro de Warren Adler. O novo longa, intitulado Os Roses: Até que a morte os separe, conta a história de Ivy (Olivia Colman e Theo (Benedict Cumberbatch), que vivem um casamento aparentemente perfeito, porém desmantelado por competição e ressentimentos quando os sonhos profissionais do marido fracassam.

Colman e Cumberbatch são, certamente, atores que assistimos em qualquer produção. Além disso, o filme conta com um brilhante elenco de apoio lamentavelmente subutilizado, deixando tudo simplesmente exaustivo. No caminho, dependendo da sua tolerância para pessoas dizendo coisas terríveis para seus cônjuges, você pode até achar engraçado, mas infelizmente não foi para mim. Meu riso foi de nervoso ao assistir uma produção que ultrapassa os limites do certo e errado tentando usar o humor negro para queimar pontes que não ousamos. Se eu fosse você assistiria A Guerra das Roses ou leria o livro de Warren Adler e, para uma visão mais dramática e romântica da discórdia conjugal ao longo dos anos. O livro e o filme original são sobre um casamento que antes era amoroso e que se transforma em ódio escabroso. Já aqui, até a quebra do limite é frustrante.

A Guerra Dos Roses é, de fato, uma comédia raivosa diante da guerra dos sexos. O longa brincou com tudo sobre excessos e gênero dos anos 1980, com uma boa dose de humor dirigida por Danny DeVito (um dos principais atores engraçados da época). Se a produção estrelada por Olivia Colman e Benedict Cumberbatch fosse lançada com qualquer outro nome, e com um outro propósito, ainda seria uma comédia mediana, mas comparada à joia caótica dos anos 80 cáustica e divertida, certamente não consegue brilhar.

O tempo só tornou o filme de DeVito mais oportuno e explica por que o remake é completamente ineficaz. Dirigido por Jay Roach e escrito por Tony MacNamara, Os Roses: Até que a morte os separe tenta criar uma comédia de humor negro, com uma premissa confusa que não sabe onde começar e parar, aliada a um pêndulo descontrolado de atuações, sem ninguém ao volante.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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