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Vocalista da Banda Maneva, Tales de Polli, fala da trajetória do grupo

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A música “Pisando Descalço”, lançada originalmente em 2009, no álbum “Tempo de Paz”, da banda paulistana Maneva, acaba de ganhar um clipe oficial, já atingiu 12 milhões de acessos no Spotify e soma mais de 43 milhões de visualizações no YouTube. Tales de Polli, vocalista do grupo, diz que o novo single remete ao cotidiano das pessoas e a vontade de estar em outro lugar. Confira como foi a nossa conversa com cantor e compositor.

São 12 anos de estrada e seis discos lançados é possível se reinventar a cada álbum, a cada música?

Tales – Ah, sim, com certeza. O grande lance é esse, né. Quando a gente escreve uma música no outro dia você já não é a mesma pessoa que escreveu essa música. A cada dia você acorda diferente. Isso vai repercutindo naturalmente. O grande lance é a naturalidade. Você não pode ficar preocupado em precisar em se reinventar, preciso mudar, eu acho que as coisas devem acontecer naturalmente, né. E é isso que rola com o Maneva, todo disco a gente tá  diferente e tá sempre fazendo a coisa renovável e de maneira naturalmente.

 “Pisando descalço” tem tido uma grande repercussão nas plataformas digitais, como isso reflete na expectativa desse um ano que mal começou?

Tales – A gente sempre teve noção, sim, não fazemos musica na quantidade de visualizações, mas sim em fazer uma boa música de maneira geral,  de bom gosto, saca, sempre co um conteúdo que façam as pessoas refletirem um pouco, e que façam elas pensarem fora da caixa, essa a razão principal da gente fazer música.  E Graças a Deus tá tendo uma repercussão superpositiva, e a gente conseguir alcançar também grandes marcos, grandes feitos nas plataformas digitais.

A nova música de trabalho, “Pisando descalço”, ganhou uma nova roupagem do DVD, você pode falar um pouco dessas diferenças?

Tales – Essa musica é de 2009, então o que aconteceu, a gente simplesmente pegou o que a gente já tocava no show e gravou. A gente sempre teve essa pegada um pouco mais para frente, que não refletia, no caso, do disco de 2009. Tá chegando o verão ai e a ideia é colocar a galera para balançar a bunda. A música contou com a participação do cantor Deko, né.

Tales – Sim, sim, uma das grandes revelações do reggae nacional. Ficamos muito felizes de ele ter participado.

O DVD está cheio de participações especiais, como foi o processo de criação dele?

Tales – A gente tinha 12 canções para escolher e entre elas as músicas antigas também, teve uma briguinha ai, nada demais, faz parte do processo natural de qualquer banda. A gente partiu do principio do tipo de musica que a gente tinha lançado na época que era o Samba do Maneva, pegamos mais canções desse e  colocamos os grandes sucessos. Esse foi o grande mote do DVD.

E da onde vem o nome Maneva?

Tales – Maneva significa prazer no dialeto africano. Se conecta profundamente no que a gente se propõe a fazer. A gente tem prazer em tocar, a gente tem prazer em tá junto, em fazer acontecer.

Preciso perguntar, todo mundo sabe que Bob Marley é o grande influenciador do gênero reggae pelo mundo, qual é a influencia dele na carreira da banda?

Tales – Bob Marley, na real, não é só um exemplo musical, ele é um exemplo de ser humano. Acho que é uma pessoa muito evoluída que ficou entre a gente muito pouco tempo e que vai deixar um legado enorme, eternamente. Não só quando você fala de Reggae, mas também quando você fala da bondade, da caridade, eu acho que tudo isso remete a Bob Marley.  Ele é o cara, veio! Eu acho que ele desceu aqui a mando do Criador  e colocou um pouco de amor no coração das pessoas e deixou um grande legado. Hoje todo mundo é influenciado por ele. Ele é um ídolo mesmo.

E com relação às criações das músicas?

Tales – Ah, sempre teve! Quem toca Reggae tem um quê de Bob Marley.  Todo mundo que toca Reggae tem Bob Marley como o grande influenciador. Ooutros grandes nomes também no influenciam, como Gilberto Gil, que para mim é o equivalente a Bob Marley no Brasil, Natiruts, Pulse, Pink Floyd Joss Stone, Jorge Bem, é um caldeirão que a cada vez a gente via jogando coisa nova e antiga também. E Vai misturando Maneva nisso ai.

Você acha que o Reggae um pouco de Rock ou o Rock tem um pouco de Reggae?

Tales – Eu acho que tem tudo haver! O Reggae tem haver com tudo, né. Vai bem com Rock, com Rap, com sertanejo, com tudo. Eu acho que o grande lance é misturar os gêneros.

A música popular brasileira hoje dia ela cresceu muito, ela deixou de ser o tradicional que a gente conhece como Caetano e Chico Buarque. Você acha que a gente pode subdividi-la com o rock?

Tales – Eu acho que o grande lance é tratar a música brasileira como musica brasileira, entendeu. Não faz muito sentido para mim, seria um rotulo e eu não sou muito fã de rótulos. O rotulo limite é uma grande bobagem.

*entrevista feita por telefone

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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