Miguel Falabella leva aos palcos musical sobre a história de Don Quixote

Após temporada paulista a versão brasileira do musical de 1965, “O Homem de La Mancha”, estreia no Teatro Bradesco com uma montagem dinâmica e concisa sobre a história de Don Quixote, um homem nobre e louco que envergonha sua respeitável família por suas aventuras. Apoiado por seu fiel companheiro Sancho Pança, ele duela sob moinhos de vento e defende sua amada senhora Dulcinéia.

Dirigido por Miguel Falabella a peça ganha ares de produção da Broadway nos palcos brasileiros. Aliás, Falabella acerta no tom ao misturar drama e comédia, em cena. Bem ambientado, o musical usa bem os espaços do teatro permitindo uma ótima dinâmica em cena. Ali, ninguém fica parado, inclusive o cenário que se move se ajustando ao enredo.

A musicalidade grandiosa e o jogo de luzes imerge o espectador à trama. O roteiro inspirado em “Dom Quixote”, um dos romances mais influentes em língua espanhola, escrito por Miguel de Cervantes, segue pela linearidade, sem novidades. A qualidade cênica se dá pela estética, não só do figurino influenciado na obra de  Arthur Bispo do Rosário, que é puro deslumbre, mas também pela direção de arte e visagismo em excelência. O musical, que dá espaço para todos os atores brilharem, faz ótimo uso das coreografias que levantam o publico com a belíssima luta corporal entre os atores, seja em dança ou em movimentos marciais.

A montagem dirigida por Falabella estreou em 2014 ganhou vários prêmios na categoria “melhor musical”. O musical, “O homem de La Mancha”, estreou na Broadway em 1965 e ficou seis anos seguidos em cartaz, com mais de 2,3 mil apresentações. Em 1972, ganhou versão cinematográfica dirigida por Arhur Hiller e Sophia Loren no elenco.