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EXPRESSO DO AMANHÃ

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Um experimento para impedir o aquecimento global falha e uma nova era do gelo toma conta do planeta. O que resta é apenas neve e guerra. Os únicos sobreviventes da Terra estão a bordo de uma imensa máquina chamada Snowpiercer, um trem que roda o planeta acompanhando o sol e evitando o frio congelante do lado de fora. Lá dentro, os mais pobres vivem em péssimas condições no final do tem, enquanto a classe rica vive em meio ao luxo e ao prazer, com espaço de sobra. 


O filme é tenso e intenso num mundo pós apocalíptico cheio de simbolismos.  Um elenco maravilhoso encabeçado por Chris Evans que mostrou que pode interpretar personagens complexos como o revolucionário Curtis. Octávia Spencer, John Hurt, Jamie Bell, Tilda Swinton, Kang-ho Song, Ah-sung Ko e Ed Harris tem seus momentos de brilhar na tela. Os personagens são complexos nos aspecto psicológico e comportamental na posição social que cada um ocupa nessa “cadeia alimentar” em uma sociedade que vive dentro de um trem.

Expresso do Amanhã é violento e com bom trabalho técnico, mas não é uma violência desmedida, e sim um ótimo trabalho mental de decodificação dos códigos de linguagem. Tem um embasamento filosófico do comportamento humano em situações limites. Sabe quando está conversando com os amigos e sempre tem alguém que pergunta: “O que você faria se estivesse numa situação limite? ” “O que você é capaz de fazer para sua preservação e para a preservação das pessoas a sua volta?” pois bem, o cineasta sul coreano fez um trabalho majestoso como o uso dos simbolismos para transmitir diversas mensagens sobre comportamento humano. Os questionamentos são levantados e para quem gostar de raciocinar em cima das histórias, essa é a história para meditar e discutir com os amigos sobre o assunto.

Para quem gosta de boas atuações, esse filme é uma festa que te convida para entrar por 126 minutos numa sala de cinema e apreciar não só o trabalho do elenco, mas uma direção de arte rica, uma montagem muito eficiente e um diretor que sabe tirar o melhor da sua equipe e apresentar um filme completo. 

A classificação indicativa ficou para 16 anos por conta da violência.  


Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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