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NINE

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Guido é um cineasta em crise de inspiração que não consegue encontrar uma ideia para o seu próximo filme. Durante uma temporada de férias, é assombrado por sonhos e recordações, onde ele luta com o seu consciente. “Nine– o musical” é livremente inspirado no filme “8 e½” de Federico Fellini. Vocês vão encontrar um clássico atemporal que foi premiado com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

A história dessa obra prima é brilhantemente readaptada na linguagem do Teatro.

Com grandes atuações, personagens, muito bem construídos, com uma narrativa excepcional, uma trama objetiva, cheia de diálogos e números musicais de tirar o fôlego do espectador, em uma única locação. Tudo isso com direito a muitas referências cinematográficas da época!

O destaque, fica com o elenco feminino. Totia Meireles e Malu Rodrigues confirmam um o talento e carisma. A primeira, sempre dentro de um figurino elegantíssimo, como uma produtora executiva do mercado Audiovisual, a segunda incorpora a amante libidinosa, com todo despudor. Carol Castro emprega a dramaticidade da esposa um tanto exausta, ao mesmo tempo ela encarna uma elegante mulher sedutora.

Junto a isso ainda vemos, a atriz Sônia Carla como a mãe de Guido. Leticia Birkheuer e Karen Junqueira e a jovem Myra Ruiz que faz a prostituta Saraghina, que entra no mercado de trabalho em grande estilo.

Quem incorpora Guido é o ator Nicola Lama, quando adulto. Com autenticidade, com momentos hilários e dramáticos também. Luiz Felipe de Mello é o pequeno diretor, que entra em cena com muita fofura!

A deslumbrante fotografia em preto e branco do filme se transforma em cena teatral com um jogo de luzes incrível. Com diferentes estilos musicais junto a orquestra regida por Paulo Nogueira, a trilha sonora é deliciosa.

O espetáculo de Maury Yeston e Arthur Kopit é muito bem dirigido e montado por Charles Moeller e Claudio Botelho.

Tudo em “NINE” beira à perfeição!

Conclusão:
As mulheres de Fellini são completamente manipuladoras e conseguem muito bem desorienta-lo. É o caminho do desequilíbrio psicológico do alter-ego do diretor.

Foto: Reprodução

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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