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ROBOCOP

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Após ser vítima de um ambiente corrompido e absolutamente sem esperança em um episódio absolutamente violento, Murphy, um policial honesto, incorruptível e pai de família, ressurge por meio da tecnologia, (protagonista do filme junto ao herói do título). Ressuscitado e adaptado a um organismo cibernético para se tornar uma invencível máquina contra a criminalidade, Robocop é muito mais do que uma maquina contra o crime.  
 
A questão da família também é peça importante na história, fazendo com que o personagem se desconstrua e se construa nitidamente.
 
O stress psicológico e a consciência de Murphy começam a atrapalhar o processo de construção de Robocop, mas tudo pode ser reajustado. Assim, o Homem de Lata se torna um policial cibernético em busca de justiça pelas ruas de Detroit.
 
O filme tem referências desde do herói da Marvel “Homem de Ferro”,  “Avatar” e “Tropa de Elite”. Ambos são chamados de  Homem de Lata e produtos com consciências, mas a diferença entre eles é a ilusão do livre arbítrio existente em “Robocop”, enquanto o herói da Marvel realmente o tem. 
 
Quanto as similaridades: Robocop é considerado o futuro da justiça americana com um sistema tático desenvolvido exclusivamente, capaz de fazer patrulhas de rotina como o “Homem de Ferro”.
 
O apresentador Pat Novak é o Wagner Montes americano. O conflito de interesses é nítido, como uma fratura exposta, a mesma temática de “Tropa de Elite”, que se mistura com a história de “Robocop”. A  essência do original  está lá, mas o é aperfeiçoada pela tecnologia futurista (o que nos lembra  “Avatar”), mesmo com toda a parafernália tecnológica dos filmes americanos, Padilha pontua bem os fatos políticos em questão.
 
Conclusão, o diretor propõe uma revisão ao obra de Verhoeven, em vez de um remake ao pé da letra. Os ideais de comprometimento com a lei são  fundamentais à politica externa.

“Robocop” é muito bem realizado, artesanalmente e tem seu mérito pela direção brasuca em um blockbuster internacional. Aplausos ao diretor José Padilha por ter enfrentado muito bem essa empreitada em águas americanas!!!


Dica cinéfila: É uma boa ideia conferir o original, antes ou depois!

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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