O que você faria se descobrisse que a mente de um ente querido está se apagando, virando um grande vazio?
IRIS é um filme sobre a consagrada e admirada novelista e filosofa que sofreu de Alzheimer nos últimos anos de vida, entre 1997 e 1999. Quando jovem, era uma mulher ativa, alegre, cheia de vida, agora depende do marido para cumprir a rotina do dia a dia.
Folhas de papel em branco impedidas por pedras de serem levadas pelo vento é a grande metáfora que traduz o filme inteiro.
Interpretada brilhantemente por Judi Dench e Kate Winslet, IRIS, sem dúvida alguma, é um filme que emociona e muito. Seja leveza da personagem jovem, ou na terceira idade quando precisa do marido para lembrar e relembrar seus feitos.
Iris foi casada com John Bayley, um respeitado crítico literário. Uma relação de 43 anos com muita sintonia, amor e cumplicidade.
“Mesma quando as obras e a memoria se vão, o amor consegue permanecer”.
Magistral, comovente ao extremo, cheio de relações fortes e intensas, IRIS é um filme marcante na carreira de grandes atores.
O longa não chega a ser uma biografia, tão pouco uma ficção, mas mesmo assim ocupa um território poético.