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Thiago Arancam fala sobre a turnê de “Bela Primavera” e sobre sua educação musical

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Depois de estrear no mundo das superproduções musicais como protagonista de “O Fantasma da Ópera”, o mais consagrado cantor lírico do país faz em paralelo sua turnê “Bela Primavera”.

Apadrinhado pelo tenor Plácido Domingo, com quem já realizou algumas produções, Arancam possui uma carreira consolidada e têm sido considerado um dos grandes expoentes do cenário operístico da atualidade.  Dono de uma voz poderosa, o brasileiro Thiago Arancam volta aos palcos cariocas para duas apresentações, apenas, no Teatro Clara Nunes com a turnê de “Bela Primavera”, gravado na República Tcheca, Itália e também no Brasil, que marcou o início da carreira popular do artista no país onde nasceu.

Dos estúdios para o palco, “Bela Primavera” traz a mistura do erudito, tendo a participação de uma orquestra com 10 músicos, com o popular presente na bateria, teclado, baixo, guitarra e piano.

Seu novo álbum marca o início de uma carreira popular, o que difere a proposta sonora de “This is Thiago Arancam” para “Bela Primavera”?
Thiago Arancam – “This is Thiago Arancam” veio culminar com o momento atual da minha carreira, no qual eu participo como protagonista no musical “O Fantasma da Ópera”. Neste show eu apresento alguns trechos do musical, tanto em inglês como em português. Como, por exemplo, a música da Escuridão, “The music of the night”, em português,com participação especial de Carmen Monarcha.

O “This is Thiago Arancam” também traz as principais músicas que consagraram e marcaram minha carreira, como “Nessun Dorma”, um trecho de ópera famosíssimo, da ópera Turandot, de Giacomo Puccini.

Apresento também “Ave Maria”, uma canção que me acompanhou sempre nas cerimônias religiosas e de casamentos. E também “Can’t Help Falling in Love” e “Bella Ciao”, que marcou muito as festas italianas na qual eu participava aqui no Brasil.

O repertório conta com canções em italiano, espanhol e inglês, existe diferença no arranjo ao cantar em diferentes línguas? O que muda artisticamente?
Thiago Arancam – Já canto há muitos anos em diversas línguas, então não tenho grandes dificuldades. É claro que nas línguas latinas, modestamente, eu me saio muito bem. Eu falo italiano e inglês também, mas é claro que eu tenho um pouquinho de sotaque, o que tem até um charme, que mostra que é um estrangeiro cantando em outra língua. Os arranjos sempre têm aquela pegada pop, clássica, com utilização de bandas e orquestras, e eu não vejo muita dificuldade.

 Você fará duas apresentações no Teatro Clara Nunes, quando poderia se apresentar no Theatro Municipal, com a turnê de “Bela Primavera”, como foi o processo de escolha do teatro?
Thiago Arancam – Eu escolhi o Teatro Clara Nunes por ser um teatro com características marcantes por ter recebido grandes musicais. Eu já cantei em uma produção no Theatro Municipal do Rio de Janeiro com uma ópera lírica que foi “Tosca” de Giacomo Puccini, em 2011, e para voltar ao Rio de Janeiro eu preferi escolher um teatro que tem por características apresentações de musicais e peças mais populares.

A soprano o Carmen Monarcha fará uma participação no show, como foi esse convite?
Thiago Arancam – A Carmen Monarcha é uma grande amiga. Eu já participei de gravações com ela, inclusive em um quadro que eu do programa “Domingão do Faustão”, no qual eu a convidei para interpretar o Libiam, um trecho da ópera “La Traviata”, de Giuseppe Verdi.

Por conta de tudo isso, de conhecê-la, e de considerá-la uma grande artista brasileira, tive a honra de efetuar o convite. Ela aceitou, fez comigo em Belo Horizonte, e vai continuar as turnês, passando também pelo rio de Janeiro.

 Você foi descoberto no coral do colégio aos 6 anos de idade, hoje é um dos mais respeitados maestros da atualidade, como foi a sua educação musical? E quais foram suas influências musicais na sua carreira?
Thiago Arancam – Eu comecei muito cedo num coral infantil, fiz um pequeno teste e fui aceito, mas a partir daí foi um longo processo. Fui me aperfeiçoar, estudei em um conservatório em São Paulo, estudei na escola municipal de música, fiz aulas particulares, fiz a Faculdade de Música Carlos Gomes e me diplomei também no teatro Alla Scala, escola internacional da música de Milão.

Os grandes tenores e as grandes orquestras são os responsáveis pelas minhas influências musicais, por serem do meio erudito. Um grande tenor que me influencia é Plácido Domingo, que inclusive é meu padrinho e mentor na minha carreira.

Foto Pedro Dimitrow

Foto Pedro Dimitrow

Você é protagonista de “O Fantasma da Ópera”, uma superprodução musical, que tem sua história conhecida mundialmente, qual é a importância do musical na sua carreira?
Thiago Arancam – O “Fantasma da Ópera” é o meu atual momento, sou protagonista do musical e já estamos em cartaz há dois meses e meio praticamente. O musical foi um grande presente que eu recebi esse ano. Não estava nos meus planos, mas tive ciência do projeto, fui convidado a participar dos work sessions e na sequência fui aceito pelo compositor Andrew Lloyd Webber.

Participar do musical, para mim, não deixa de ser uma forma de popularizar ainda mais a minha arte, porque é um musical de muito apelo popular, no qual eu tenho a possibilidade de apresentar sete vezes por semana o mesmo espetáculo com casa cheia sempre. Então é um momento muito especial, recebi com muito carinho e vem sendo uma grande produção como todas as outras que faço, e com apego muito grande pelo personagem. É uma entrega máxima, como sempre faço.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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