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CORAÇÃO LOUCO

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Quem não se lembra de Joaquin Phoenix como Johnny Cash que sofria de problemas com a família, drogas e solidão? E do Jamie Foxx como Ray Charles que também sofria de problemas com a família, drogas e solidão? E Mickey Rourke como Randy, o carneiro? Novamente: família, drogas e solidão! Três filmes com a mesma temática, com praticamente o mesmo papel e com o mesmo sucesso. Porém, nada mais justo que lembrar que as histórias são sempre as mesmas. O que as torna grandes, é a forma como elas são contadas, Coração Louco pode até não chegar a alcançar o sucesso esperado, mas mira no mesmo alvo.

Bad talvez se livre do álcool como Ray, mas está longe de ter um amor para toda a vida com como Johnny Cash teve com June Carter; e, assim como o Randy, continua lutando para dar a volta por cima ao mesmo tempo em que luta pela sobrevivência. Mas, com certeza, a sua história encontra ecos.

Sua vida se resume aos pequenos shows baratos que realiza em cidades do interior para um público que ainda o reconhece. Numa de suas paradas, Bad Blake conhece Jean, uma repórter de um jornal local que deseja entrevistá-lo. Da entrevista nasce um romance que, apesar do potencial de recuperação que oferece a Blake, possui inúmeras dificuldades para ambos. Divorciada, e com um filho pequeno de quatro anos, Jean cria expectativas que parecem pouco adequadas à convivência de todos.

Interpretando seu papel com naturalidade e segurança, Bridges injeta carisma e algum humor num personagem francamente desagradável, que não inspira simpatia à primeira vista. Alias, o ator realmente canta, usando suas próprias imperfeições vocais para a caracterização da decadência de Blake.

O cinema americano adora historias de redenção, o que não é nenhum espanto para o sucesso do filme e da atuação de Jeff Bridges. Escrito e dirigido pelo estreante Scott Cooper, a partir do livro de Thomas Cobb, Jeff Bridges interpreta Bad Blake, um cantor country em queda livre na carreira e na vida.

O filme conta com um elenco da pesada, a começar por: Colin Farrell como Tommy Sweet, um cantor mais jovem que deve sua milionária carreira a Blake, o veterano Robert Duvall também uns dos produtores do filme, interpreta um amigo do cantor, dono de um bar, que se torna um apoio fundamental num momento em que ele tenta desesperadamente livrar-se da dependência alcoólica.

Vale colocar que em nenhum momento o filme é escuro, é sempre um filme claro, com fotografia aberta onde a luz entra, demarcando bem que o sofrimento do cantor está longe de ser pela vida que leva.
Esta foi a quinta indicação de Bridges, a estatueta, que lhe rendeu o Oscar deste ano.

A música “The Weary Kind”, de Ryan Bingham e T Bone Burnett, composta para o filme recebeu o Oscar de Melhor Canção Original. Além de compositor T boné é também produtor do filme.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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