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Cícero fala sobre seu quarto álbum de trabalho, “Cicero e Albatroz”

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Carioca de Santa Cruz, com mais de 15 milhões de visualizações em seus clipes desde o lançamento do primeiro CD, em 2011, o cantor Cícero, se formou em Direito em 2008. Porém o artista sempre soube que a música era o que queria seguir.  Cícero Rosa Lins conta que seu coração já pertencia ao universo musical quando entrou na faculdade. Confira abaixo a nossa conversa com músico que vem conquistando seu espaço cada vez mais no mercado.

Você está lançou seu quarto álbum de trabalho, “Cicero e Albatroz” teve um processo de criação diferente. Nesse percurso como você vê a evolução do seu trabalho com relação ao publico?

Cícero – Eu sinto que ele vai mudando e se agregando ao longo do tempo. A cada disco um publico diferente se aproxima, além do que já é fiel. O disco foi mais resultado de um processo, do que um plano. Na verdade foi uma coisa bem natural.  É uma banda que já está na estrada há muitos anos.

No disco, ele se despede do papel de artista solo e abraça a coletividade de trabalhar em banda ao lado dos músicos que já o acompanhavam no palco.

Cada musica tem um processo de criação diferente? Como é o seu processo de criação?

Cícero – Depende da musica. Algumas vêm o arranjo, primeiro para depois vir a letra, ou a contrário é tudo muito relativo. Algumas tem um lado mais cerebral .

Esse disco traz alguns momentos muito pessoais. Qual a diferença de trabalhar isso sozinho e como banda?

Cícero –  Então, a principal diferença é que sozinho você já tem um espelho da música. Quando se faz a música sozinho, você fala, fala, e as pessoas só vão ouvir depois de pronto. Na banda, tudo está em aberto. As letras e as melodias mudam muito. A ótica vai ficando menos centrada, na busca desse denominador comum.

Você acha que a música brasileira hoje pode ser subdividida em alternativo, MPB tradicional como Chico e Caetano e MPB Pop. Como você vê essa nova estrutura da música brasileira atual?

Cícero – A internet abriu o mercado para todo tipo de música, eu diria que é até maior que a chegada da televisão ou do rádio.  Eu vejo com bons olhos.

A música popular brasileira é a música feita no Brasil que não é erudita. Acredito que subdividir cada vez mais confunde mais do que explica.

Quais são as suas influências musicais?

Cícero – Eu escuto tudo que tá disponível nas plataformas digitais.  Entro ali na parte de lançamentos e escuto todos os gêneros. Mas na minha adolescência eu escutava Mutantes, Caetano, tive uma fase de música contemporânea experimental, rock. Hoje em dia eu escuto de tudo, sem preconceito algum. Eu me permito ouvir a música em si, sem pensar no gênero em questão.

Suas músicas são cheias de metáforas à nossa realidade, Você poetiza em versos musicais uma realidade que muitos não querem ver, qual é a importância disso no seu trabalho e no seu processo de construção como pessoa?

Cícero – Ah, eu acho que a criação que eu tive em casa, a forma como meus pais me orientavam a olhar o mundo ao meu redor. Então, não me vejo como vidente ou uma figura especial, eu apenas vejo o que todo mundo tá vendo.

O que me forma como artista e como pessoa é o mundo como ele é aqui no Rio de Janeiro. Talvez em outro lugar do mundo a minha ótica seja diferente, né. Eu acredito que a minha música deixa claro isso.

*Entrevista feita por telefone

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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