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Pedro Calais, vocalista da banda Lagum, fala sobre novo álbum “Coisas da Geração”

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Em seu segundo disco, o autoral “Coisas da Geração”, a banda mineira Lagum retrata um mosaico de sentimentos sob o olhar de uma nova geração. Conversamos com o vocalista Pedro Calais, que contou que a canção “Coisa da Geração” foi determinante para amarrar o conceito deste novo álbum. O vocalista também comentou a importância do streaming na carreira da banda, as novas influências musicais para este álbum e a relação com Red Bull.

Formado por Pedro (vocal), Otávio (guitarrista), Chicão (baixista), Jorge (guitarrista) e Tio Wilson (baterista), o grupo traz para os novos tempos os relacionamentos frágeis com uma boa diversidade sonora no novo álbum. O quinteto apresentou o segundo disco com um show exclusivo direto do Red Bull Music Studios, via Facebook no dia 14 de junho.

“Coisas da Geração” é o segundo álbum de vocês, o que mudou no processo de criação?
Pedro Calais – Mudou que agora a gente está maduro, tanto no processo de composição, quanto no processo de produção da música. O que é muito importante é que todo mundo tá ali alinhado na hora de produzir. E saber respeitar, uma generosidade de respeitar a ideia do outro, de dar espaço para o outro. E é uma coisa que eu, Pedro, aprendi muito de lá para cá.

O álbum traz uma grande diversidade sonora, desde o reggae ao rap melody, o que levou vocês a passearem por tantos gêneros e por quê?
Pedro Calais – Rap melody? Legal! Essa eu nunca tinha ouvido não! Envolve um pouco a influência de cada um, a ideia é não ter regra na hora de compor. A gente costuma falar que não rotula, né, não tem um gênero específico e isso é o legal, porque a gente não cria regra então a gente consegue passear em vários estilos: música com o samba, música com rock. É isso!

Para cada faixa, vocês produziram vídeos curtos verticais, com duração de oito segundos, para o Spotify, que será também adaptado para o YouTube no formato de lyric vídeos. Qual é a importância do streaming na carreira do Lagum?
Pedro Calais –  A importância do streaming é que as plataformas direcionam muito bem assim pra quem vai ouvir o material e a gente teve a oportunidade de criar coisas mais ricas dessa vez. Tanto para as plataformas só de ouvir quanto para as plataformas só de ver, né?! Por exemplo, hoje o Spotify possibilita que você tenha acesso ao conteúdo visual. E acho que a importância do streaming é isso, é o direcionamento. As pessoas têm playlist, músicas de vários, vários, estilos diferentes de vários artistas diferentes, não é mais como antigamente que você comprava um disco e só escutava aquele artista e tal. Então, as plataformas de streaming divulgam muito bem o nosso material e desta vez a gente teve a oportunidade de fazer, como foi citado aí na entrevista, esse material visual também. As plataformas são bem democráticas, as pessoas conseguem acessar elas pagando ou não. E a gente está falando de um país que tem uma dimensão continental. As plataformas são bem democráticas, então as pessoas conseguem acessar elas pagando ou não pagando. Então, pelos analytics a gente consegue ver que a nossa música está chegando aos quatro cantos do Brasil. É muito legal saber que em cada canto do país tem gente escutando a gente.

Novo álbum significa novas influências musicais?
Pedro Calais –  Sim, você escuta coisa nova, você vê coisa nova, tudo o que você faz, tudo que você vê nesse tempo significa crescimento. Passaram-se o que? Três anos de um CD para o outro? Eu acho que com certeza temos novas influências. Nesse CD, a gente colocou os pés em outros lugares.

 Você poderia falar sobre o conceito do álbum e como ele foi desenvolvido?
Pedro Calais – o álbum aborda vários temas diferentes e a última música que gravamos foi “Coisas da Geração”. Essa música fala de coisas da nossa geração, sobre a visão da nossa geração, como a gente se sente. A gente percebeu que todos os temas tratados são atemporais, mas que dessa vez a gente tratou com a visão da nossa geração, ou seja, a gente ama de uma maneira diferente que os nossos pais amaram, que os nossos filhos vão amar, que nossos avós amaram por conta dos meios que a gente se comunica. Por exemplo, a nossa ansiedade é diferente, os nossos desejos são diferentes então todos os temas foram tratados a partir de uma visão dessa geração. A parte visual amarra o conceito, que são os vídeos vistos de cima – que é como se a gente tivesse vendo a nossa vida de cima, né? E podendo tratar desses assuntos assim de uma maneira mais analista, sabe? Vendo de fora é mais fácil, é mais prático de ver.

Vocês fizeram um pocket show ao vivo, no Facebook da Red Bull, para o lançamento do álbum, como foi essa experiência?
Pedro Calais –  Foi uma experiência muito legal! A relação que a gente está construindo com a Red Bull vem lá do passado, quando a gente participou de um concurso de banda deles chamado Break Time Sessions, e desde então, eles estão sempre presentes colando junto com a gente! O show ao vivo foi para celebrar essa relação e celebrar o lançamento do álbum. Em São Paulo, eles têm uma estrutura muito massa que é o Red Bull Studios, que é um prédio antigo que foi reformado e também abriga coworkings criativos. “Estar lá, pra gente, foi muito especial! … O público pôde acompanhar isso direto da internet, foipra gente foi um presente, pro nosso público foi um presente e também foi pra nossa relação com eles. Foi muito legal”.

Fotos: Cristina Amaral

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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