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O GOLPISTA DO ANO

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Depois de ter sua estréia adiada inúmeras vezes, “O golpista do ano”, enfim estréia em águas brasileiras.

Estrelado por Jim Carey no papel principal, o filme não encanta. Mesmo tendo atuado brilhantemente em “O Mundo de Andy” e “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças“. Jim Carey conhecido por suas caras e bocas (“O Mentiroso”, “O Máscara” ou “Débi e Lóide“), exagera no tom, tornando o filme tragicômico.
Boa parte do filme transcorre como um longo flashback, pois Steven está em seu leito de morte. A partir de então, acompanhamos suas mudanças desde o acidente de carro, o homossexualismo, até o golpe final.
Após abandonar a família, Steven vive uma vida de luxo com Jimmy, seu namorado interpretado por Rodrigo Santoro. Apesar de grande importância na história, o filme não dá relevância a relação dos dois, deixando em segundo plano. Uma pena!
Para manter o padrão de vida, Steven começa a dar pequenos golpes que, num efeito bola de neve, vão se tornando cada vez maiores até levá-lo à prisão onde conhece Philip Morris, vivido por McGregor. Ambos começam então a viver um digna história de amor, a questão da sexualidade é apenas um detalhe, que realmente comove no filme todo.
Fora da prisão e com uma vida repleta de mentiras, Steven consegue manter um alto padrão de vida através de seus golpes que rendem bons empregos e salários gigantescos.
O humor em “O Golpista do Ano” vem mais do absurdo das situações, cada vez mais insólitas. A idéia do filme não é que seu personagem seja engraçado mas sim dar graça nas mentiras cada vez maiores e nas situações nada convencionais do romance entre Phillip e Steven.
Se Carrey é careteiro em boa parte do tempo, McGregor encarna o personagem com sensibilidade e honestidade, sem cair na caricatura, já Jim Carey, não se pode dizer o mesmo.
Exibido nos festivais de Sundance e Cannes, o filme nos Estados Unidos ainda é inédito em circuito comercial. Cogitou-se até em lançar o filme direto em DVD. Sinal dos tempos em que a sociedade norte-americana ainda mostra-se mais conservadora?! Em todo caso, é de se aplaudir a coragem e ousadia do ator em aceitar um papel tão controverso.
Pra quem não sabe, o filme é baseado na história real de Steve Russell, um dos maiores mitos da história carcerária americana.
Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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