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A REDE SOCIAL

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David Fincher é verdadeiramente camaleônico, consagrado em 1995 com “Seven – Os sete Crimes Capitais” estrelado por Brad Pitt, o diretor fez carreira com diversos filmes marcantes.
 
Em 2007 dirigiu o suspense “Zodíaco” que também utilizava de personagens reais, como em “A Rede Social”, e em 2008 foi indicado ao OSCAR, ao BAFTA e ao Globo de Ouro como diretor de “ O Curioso Caso de Benjamin Button”.
 
Exatamente por ser dirigido por Fincher, “A Rede Social” merece toda a ovação que vem recebendo. O diretor que, em fins da década passada analisou uma geração que se considerava perdida na história, no seu genial “Clube da Luta”.
 
Dessa vez, o foco do diretor são os jovens de vinte poucos anos que cresceram com a internet, mas parecem não ter desenvolvido a maturidade suficiente para sustentar laços de amizade reais, que independem de recursos tecnológicos.
 
O filme conta sim como o famoso site foi criado, mas seu tema central é o questionamento da idéia de amizade.
 
De cara vemos que Mark é incapaz de se comunicar e lidar com seres humanos. Ao ser deixado pela namorada cria o Facematch (site que compara mulheres à animais), aliás é a partir dele, que o facebook é criado, junto com a idéia dos gêmeos Winklevoss.
 
Chega a ser irônica e magistralmente retratada a percepção do genial diretor David Fincher e como ele define o filme: Uma tragédia sobre um homem que multiplica as amizades dos outros, mas o enche de inimigos, enfim uma tragédia grega.
 
Zuckerberg é fadado a existir no singular que chega a ser intoxicante. Obcecado pelo sucesso e pelo dinheiro torna-se um dos homens mais cobiçados do mundo ao mesmo tempo, que fica mais solitário ainda.
 
A cena final do filme retrata como o ser humano é levado por emoções: o criador do Facebook, a maior rede social do mundo, termina por perder seu único amigo de verdade, um tanto patético.
 
O filme é construído baseado no livro:” The Accidental Billionaires: The Founding of Facebook, A Tale of Sex, Money, Genius and Betrayal”, em sua trama cheia de traições e ganância.
 
O filme realmente massacra o criador do Facebook e mostra um Shawn Fanning (criador do extinto Napster) como um mal-caráter extrategista, aliás a atuação de Timberlake é surpreendente!
 
Como nas tragédias gregas, esses personagens reais necessitam viver eternamente congelados ao momento de suas vitórias, que conjugam a sua grande conquista.
 
Agora, se você está esperando um filme que explique mais sobre a funcionalidade do site, esqueça!
Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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