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BRINCANTE

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O filme tem uma linguagem muito particular. Walter Carvalho faz um documentário que está mais para um registro das apresentações de Antônio Nóbrega e sua companheira Rosane Almeida do que um documentário propriamente dito. O filme não tem entrevistas, depoimentos nem sequer uma linha jornalística para guiar o espectador na jornada do universo desse artista peculiar. O misto entre o popular e o erudito da arte de Tonheta acaba solta  sem um objetivo traçado.

O que poderia ter sido uma obra enriquecedora se perde nela mesma. Como não poderia ser diferente, a fotografia é o forte do filme. Não poderia ser menos, já que Walter Carvalho é um dos melhores diretores de fotografia do mundo.


A trilha sonora é um dos pontos mais fracos do elo. Em alguns momentos ela funciona, mas no conjunto acaba monótona.

Para quem não conhece a arte de Antônio Nóbrega vale a pena pesquisar um pouco sobre sua arte mambembe e itinerante, já que o filme não diz quem ele é, apenas mostra algumas das coisas que ele faz.
Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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