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Comédia romântica estrelada por Jean Dujardin chega aos cinemas

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Comédia romântica protagonizada pelo ganhador do Oscar de melhor ator Jean Dujardin, “Um Amor à Altura” é uma refilmagem inspirada no argentino “Coração de Leão” (2014), dirigido por Marcos Carnevale. Na versão argentina, o papel vivido por Dujardin foi interpretado por Guillermo Francella, que também integrou o elenco do “O Segredo de Seus Olhos” ganhador do Oscar de Melhor filme estrangeiro em 2009.

O filme argentino não foi lançado comercialmente na França e por isso, o diretor Laurent Tirard foi convidado pela produtora sul-americana, que já pensava em uma possibilidade de refilmagem, a assistir ao filme. Após assistir à versão argentina, Tirard se viu absolutamente cativado. “Em Coração de Leão”, existe uma história forte, audaciosa, inesperada, com forte potencial emocional. O grande desafio seria despoja-la de alguns clichês melodramáticos sul americanos e acrescentar um ‘caldo’ mais europeu”, conta.

“Um Amor à Altura” conta a história de Diane (Virginie Efira), uma advogada recém-separada, que recebe um telefonema de Alexandre (Jean Dujardin), um arquiteto que encontrou seu telefone perdido. Quando eles se encontram, a reunião toma um rumo inesperado.

Como o original foi protagonizado por uma estrela do cinema argentino, a produção sabia que reduzir a uma altura de 1m40 um ator conhecido, dotado de um certo charme e sex appeal fazia parte do sucesso do filme. “Vamos ser loucos, vamos convidar Jean Dujardin! Entregamos o roteiro para ele e ele topou 24horas depois!”, conta o diretor. Devido a compromissos na agenda do ator, as filmagens foram adiadas até a primavera de 2015 “Jean é um grande trabalhador, muito profissional e disciplinado. Foi um privilégio trabalhar com ele”, complementa.

Já a escolha da atriz que interpreta Diane, o par romântico de Alexandre, não foi tão simples. O diretor teve dificuldades em encontrar a atriz que encaixasse no perfil da personagem. Foram feitos diversos testes até que ele viu Virginie Efira interpretando o papel e soube que ela seria perfeita. “Virginie também é muito trabalhadora, já foi apresentadora de TV e se tornou uma grande atriz. Inteligente, culta e refinada. Ela tem um timing perfeito para comédia”, fala o diretor.

Para Jean Dujardin o filme lhe pareceu uma oportunidade única em sua carreira. “A priori este tipo de comédia não faz muito o meu estilo, mas fiquei curioso de saber como poderia, tecnicamente, interpretar um homem de 1m40”, explica o ator. Para ele a experiência de interpretar Alexandre trouxe algo de humildade. “Quando a gente tem que medir apenas 1m40, temos que interpretar de joelhos ou sentado em uma cadeira, ficamos mais modestos. Além disso, esse tamanho modifica seu olhar sobre as coisas. É como ver as coisas novamente como uma criança. Mas esse filme não fala disso. Ele fala sobre todas as pessoas que têm algum tipo de complexo e isso é muito interessante”, complementa.

Para dar a ilusão de um Jean Dujardin com pouco mais de 1m 40 cm de altura, numerosos efeitos especiais foram utilizados na pós-produção e também diretamente no set de filmagem, de forma mais artesanal. “Foram usados vários tipos de recursos, de truques simples como colocar Jean de joelhos e filma-lo apenas dos ombros para cima ou forçar perspectivas colocando-o mais distante, de forma que ele parecesse menor, até métodos mais complexos com efeitos especiais digitais”, explica o diretor.

Além dos efeitos especiais, a equipe teve que encontrar um duble de 1m 40cm para Dujardin. Esse duble fez todas as cenas em que o personagem aparecia de costas. Ele ficava diariamente no set, convivia com todos no set de filmagem e foi fundamental para a construção de diversas sequencias, pois compartilhava com a equipe situações reais pelas quais ele passava diariamente.

As filmagens aconteceram na cidade francesa de Marselha. “Eu não queria que essa história se desenrolasse em uma grande metrópole como Paris ou Londres onde há uma diversidade enorme de pessoas e uma pessoa de 1m40 passaria despercebida pela multidão. Mas precisava ser uma cidade grande e eu gostaria muito que houvesse sol para que a história tivesse um toque quase californiano. Me apaixonei por Marselha. A cidade tem um lado caótico, psicodélico da Paris dos anos 70. Ver as pessoas andando de lambreta sem capacete tem um lado romântico. Em um mundo que se torna cada vez mais uniforme e asséptico, essa cidade me parece como um sopro de ar fresco”. Fala o diretor.

Para criar as cenas românticas do filme, Laurent Tirad pegou como referência a obra de Frank Capra. “Ele flerta sempre com o conto, com uma visão de bondade das pessoas, sem mostrar a maldade, mas sempre muita humanidade”, explica. Além de algumas comédias românticas hollywoodianas e inglesas como “Uma Linda Mulher” (1990) e “O diário de Bridget Jones” (2001).

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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