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Animação “Lego Batman” é a jornada pessoal de um herói

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Desde 1934 a Lego permeia o universo infantil com seu conceito simples de um brinquedo de encaixar que permite infinitas combinação, sendo um grande aliado da imaginação e da criatividade, não só das crianças, mas também de adultos. Ao longo dos anos o brinquedo evolui ganhando series diversas com muitos personagens, inclusive personagens populares do universo da animação e cinema.

Em 2014, Uma aventura lego (Lego Movie) surpreendeu a todos sendo um sucesso de bilheteria e critica. Um filme muito divertido e engraçado e visualmente muito impressionante, que acabou dando origem a franquia de filmes Lego.

Seguindo os passos do primeiro filme da série, “Lego Batman” é simplesmente impressionante. O filme explora de maneira brilhantemente sarcástica as nuances do morcego mascarado, que nos é tão familiar e querido. Uma torrente de excelentes piadas faz com que você ria quase que do início ao fim. Com excelentes referências, o filme abusa, de maneira muito bem sucedida, da habilidade de rir de si mesmo. Explorando as fraquezas do personagem ao longo da história com muito humor, tanto que parece até ficar um pouco excessivo em alguns momentos, fazendo com que nem sempre você tenha tempo de apreciar uma piada antes de ser bombardeado com outra.

Um super-herói solitário mergulhado no próprio ego e cheio de problemas sociais que ele parece rejeitar em prol do que considera sua “maravilhosidade”. Batman não consegue admitir que é solitário e que se sente triste por não ter uma família, e esconde tudo isso se achando o máximo e sendo incapaz de aceitar a presença de outras pessoas em sua vida. Isso tudo enquanto canta sobre o quanto ele mesmo é maravilhoso (o que por si só já valeria o filme) e toca guitarra e assiste filmes sozinho.

É impossível não se divertir. O filme é visualmente muito bem construído. A animação é incrível. As paletas de cores utilizadas para dar o ar sombrio a Gotham city, são realmente surpreendentes. Desde a cena de abertura o filme mostra a que veio, com belas cenas de ação, um desfile de vilões dos mais tradicionais aos mais cômicos e até um musical em que o personagem faz uma ode a si mesmo. Tudo isso muito bem coordenado pela direção de Chris Mckay que mantém um ritmo super acelerado, quase de tirar o fôlego, não só nas piadas, mas nas cenas de ação, que são surpreendentes.

Batman se afirma um solitário e diz não precisar de ninguém, vive numa ilha, literalmente, cercado de solidão e referências a diferentes momentos do personagem. Sua insistência em seu estilo de vida acaba gerando conflitos com os personagens que vão surgindo na trama. Um dos pontos altos da história é a relação do herói com Coringa, que é uma espécie de mola, que propulsiona grande parte do enredo e além de render uma das melhores cenas do filme é simplesmente hilária. Muitos outros vilões passeiam pela história e uma serie de referência, não só a outros filmes, mas também a história e trajetória do personagem ao longo do tempo, sempre com muito bom humor.

Alfred, Barbára Gordon, Robin, completam essa equipe que pretende fazer Batman enxergar que “Nenhum homem é uma ilha” e o filme acaba sendo ainda mais surpreendente com uma mensagem que fala da jornada pessoal de um herói ao tentar se tornar menos egoísta e da importância de construir laços e que ter uma família e fazer parte de algo maior que você pode nos tornar pessoas melhores, mas tudo isso com muitas sátiras das quais o principal alvo é o próprio Batman.

Lego Batman é, definitivamente, um dos melhores momentos do personagem Batman ao longo da sua história e tem tudo para ser um enorme sucesso, merecidamente! Diversão garantida.

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