Comédia nacional “TOC – Transtornada Obsessiva Compulsiva” passeia pelo drama

“TOC – Transtornada Obsessiva Compulsiva” conta a história da atriz Kika K (Tatá Werneck) que se vê imersa em incontáveis questões pessoais e profissionais em uma crise existencial eterna. Além de sofrer de TOC (transtorno Obsessiva Compulsivo), ao se deparar com o vazio de sua vida começa a questionar as próprias escolhas, obviamente levando ao cômico e inusitado.

De fato, Transtornada Obsessiva Compulsiva tem frescor ao desgaste que o gênero comédia que cada vez mais se repete em sua formula. Em sua primeira protagonista no cinema, Tátá Werneck realiza um projeto de qualidade com bom ritmo e com um quê de Birdman em seu roteiro, uma versão romanceada no retrato de sua protagonista.

Com um roteiro recheado de piadas, – se elas funcionam ou não é outra história – o filme não consegue atingir o seu objetivo, mesmo que utilizando de momentos dramáticos sobre a doença da protagonista, o assunto é superficial no enredo, falta profundidade a história. A cada conquista profissional, Kika se distancia de valores e emoções humanas básicas. A mensagem do filme é a de que uma vida cheia pode ainda assim ser muito vazia.

A trilha sonora que mescla músicas sensacionais com os momentos vividos pela protagonista merece destaque, além disso a criação de identidade com uma estética rica em combinações Pop, tanto na linguagem e na montagem diversificam o gênero, mais um ponto alto para o filme.

Enfim, ao expor sua mensagem, o filme consegue fechar seu roteiro sem muitos problemas se firmando enquanto uma boa comédia dramática nacional, do tipo que não se encerra ao sair da sala de cinema.

Foto: Fabio Braga